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8 de Março | Em defesa da vida, por emprego e pela paridade de salário

Neste 8 de Março milhares de mulheres e homens ocuparão as ruas de todo o mundo pele reconhecimento da luta em defesa dos direitos das mulheres, contra o avanço brutal do feminicídio e pela garantia de emprego e pela paridade nos salários entre homens e mulheres.

Do combate à escravidão à conquista do voto feminino, da luta contra a ditadura militar e contra a carestia à luta pela redemocratização e a construção da Constituição Cidadã, do combate às privatizações à derrota do governo fascista de Jair Bolsonaro. Não houve luta social no Brasil na qual as mulheres não mostrassem sua força e resistência, sempre desafiando o papel de passividade e domesticidade que a sociedade sempre tentou impor e enfrentando o machismo estrutural entranhado em nossa cultura.

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Na década de 1970, mulheres das periferias da Zona Sul de São Paulo, por exemplo, iniciaram um grande movimento popular no Brasil. O Movimento Contra o Custo de Vida, também conhecido como Movimento Contra Carestia, foi um dos maiores movimentos populares do nosso país, organizado principalmente por mulheres pobres e que colocou na pauta nacional a necessidade de se valorizar a renda e do papel do Estado como garantidor de moradia e salários dignos.

Avançando no tempo, elas também protagonizaram uma conquista importante, a aprovação e sanção da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006, sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também possui a digital das mulheres a conquista da Lei Complementar n.º 150/2015, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 1o de junho de 2015 e que dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico e garante direitos como jornada de 44 horas, direito a hora extra e adicional noturno.

Ou momento importante da luta das mulheres, agora em 2018, foram as manifestações #EleNão em repúdio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, que se espalharam por diversas cidades brasileiras e muitos países no mundo, foi considerada a maior manifestação de mulheres nos últimos 10 anos.

Durante a Pandemia – que matou oficialmente cerca de 700 mil pessoas – também foram elas que estiveram na linha de frente não só no combate ao negacionismo, mas também nos primeiros atos por vacina no braço e comida no prato, em uma releitura da Campanha contra a carestia dos anos 1970.

Com vacina no braço e o recuo dos casos de Covid-19, em mais uma ação histórica, as mulheres ocuparam as ruas para denunciar a fome, a explosão do desemprego, a carestia dos preços dos alimentos e a corrupção e entreguismo do governo Jair Bolsonaro. Essa luta foi coroada com a vitória de Lula para presidente e hoje elas são protagonistas do governo que pretende reposicionar o Brasil nos rumos do desenvolvimento e do combate à fome, à violência e ao desemprego.

Não é à toa que hoje há iniciativas de diversos movimentos de mulheres de diferentes matizes políticas e ideológicas que têm como bandeira única: a defesa da vida, o combate à violência, o enfrentamento da fome, emprego e renda dignos.

Não restam dúvidas que a luta pela melhoria da qualidade de vida, do combate à fome, por saneamento básico são lutas feministas!

Por tudo isso, neste 8 de Março, o Sintaema estará mais uma vez ao lado das mulheres de São Paulo em defesa de um projeto que rompa com a espiral de violência contra as mulheres e por um projeto de sociedade que garanta igualdade, emprego e renda para todas e todos.

E não esqueça! Hoje, tem ato das mulheres em São Paulo, na Avenida Paulista, com concentração a partir das 16h e início às 17h.

Juntos pela vida das mulheres, por empregos e rendas dignos!