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Tarcísio faz da Sabesp negociata em ano de distribuição de emendas para quem aprovou privatização

A privatização da Sabesp ditou o ritmo da distribuição de emendas voluntárias pelo governador Tarcísio de Freitas em 2023. A afirmação é de matéria publicada na Folha de S. Paulo neste domingo (14).

“O Sintaema continua repudiando essa manobra, assim como fez no final do ano passado. O governo do Estado utilizou recurso público para cometer um crime contra a população que foi a aprovação da privatização da Sabesp na Alesp”, afirmou a direção do sindicato.

O Projeto de Lei que autorizou a privatização da Sabesp foi aprovado no dia 6 de dezembro do mês passado. Dois dias depois, o governador Tarcísio de Freitas sancionou a lei.

Emendas da conveniência

De acordo com dados da Secretaria de Governo, foram pagos R$ 355 milhões em emendas até 28 de dezembro de 2023. A distribuição passou a ser mais vultosa a partir do momento em que o PL de privatização chegou na Alesp, no dia 17 de outubro. Em 20 de outubro “coincidemente” foi realizado o maior repasse de emendas do ano, um total de R$ 78 milhões.

Em novembro, os repasses continuaram em paralelo à tramitação do PL que terminou por ser aprovado em uma sessão em que houve violência policial contra manifestantes contrários à privatização e protesto dos deputados da oposição, que se retiraram do plenário tomado por gás lacrimogêneo.

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“Os números computados no final do ano mostram que em nenhum momento o governo esteve interessado em debater o projeto e nem os deputados da base de Tarcísio. Sequer houve preocupação desses parlamentares com as regiões e cidades que os elegeram e o impacto que a privatização da Sabesp terá sobre essas localidades”, concluiu o Sintaema.

A Sabesp opera em 375 municípios do Estado de São Paulo atendendo cerca de 30 milhões de paulistas. A defesa da Sabesp pública se fortalece nas câmaras municipais e prefeituras, que terão que acenar positivamente à privatização.

No próximo dia 30 de janeiro, o Sintaema, Metroviários, Apeoesp e Ferroviários realizam uma reunião com movimentos sociais, sindicais e frentes para organizar a retomada da jornada de luta em 2024 contra a privatização dos serviços essenciais.

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