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Oxfam | Privatização de empresas públicas contribui para crescimento da desigualdade no mundo

 

 

O relatório da organização internacional Oxfam divulgado nesta segunda-feira (15) afirmou que a venda de empresas públicas para grupos privados tem contribuído para enriquecer um seleto grupo de ricos enquanto 60% da população do mundo ficou mais pobre. De acordo com a Oxfam de 2020 até o momento os 5 mais ricos do mundo dobraram seus lucros.

“Desigualdade S.A” é o nome do relatório produzido pela organização. O estudo costuma ser lançado sempre no período da reunião do Fórum de Davos, que começou na segunda-feira (15) e acontece nos Alpes Suíços.

“Uma forma importante – embora subestimada – pela qual o poder das grandes empresas fomenta a desigualdade é a privatização dos serviços públicos. Em todo o mundo, esse poder está pressionando incessantemente o setor público, mercantilizando e, muitas vezes, segregando o acesso a serviços vitais como educação, água e saúde, enquanto obtém enormes lucros bancados pelos contribuintes e destrói a capacidade dos governos de fornecer o tipo de serviços públicos universais e de alta qualidade que poderiam transformar vidas e reduzir a desigualdade”, diz o relatório da Oxfam.

Na opinião da direção do Sintaema, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue a cartilha dos grandes grupos privados quando faz pressão pela privatização da Sabesp, do metrô, da CPTM e da educação. “As experiências de privatização fracassaram no mundo. Resultaram em aumento da tarifa, precarização do serviço e na redução dos investimentos. Por essa razão, o mundo tem reestatizado esses serviços. São Paulo está na contramão”, avaliou a direção do sindicato.

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O relatório da Oxfam afirma que apenas os ricos e as elites econômicas é que podem se beneficiar das privatizações porque têm recursos para pagar por serviços privados caros. “No entanto, um robusto conjunto de evidências demonstra que, em muitos casos, a privatização provoca exclusão, empobrecimento e outras consequências prejudiciais”, reforça trecho do relatório.

Estudo do Instituto Transcontinental aponta que de 2009 até agora a reestatização tem sido uma tendência, incluindo casos em países como EUA e Alemanha. São diversos os casos de reestatização desde concessões não renovadas, outros são contratos rompidos e também empresas que são compradas novamente pelo poder público. Essas experiências são em sua maioria em serviços essenciais, entre eles energia, água, coleta de lixo e transporte público.

“A empresa privada visa o lucro e não a qualidade do serviço para a população. Não quer saber da saúde, da qualidade de vida. O Sintaema tem denunciado o crime que o governador Tarcísio quer cometer contra a Sabesp pública, contra a população e os trabalhadores (as). Ele quer entregar para os grupos privados lucrarem uma empresa eficiente, bem avaliada e que é referência no Brasil e no mundo no setor de saneamento”, concluiu a direção do Sintaema.

Com informações do Brasil de Fato