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Governo de SP esconde que Sabesp pública pode antecipar universalização

Uma comparação entre a tarifa da conta d,água praticada em São Paulo e as cidades e estados que privatizaram o saneamento vai mostrar que a privatização é sinônimo de tarifas abusivas. A Sabesp pública tem umas das menores tarifas do país e não precisa ser privatizada para reduzir tarifas de forma sustentável.

O governo do Estado omite essa informação da população quando faz propaganda da privatização da Sabesp. Em entrevista publicada na segunda-feira (15) pelo Diário do Grande ABC a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, voltou a dizer que a justificativa para privatizar a Sabesp é reduzir a tarifa e garantir investimento para antecipar a universalização.

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“Não é necessário privatizar a Sabesp para universalizar o saneamento”, afirmou a direção do Sintaema. O sindicato ressaltou que a ARSESP comprovou em 2022 que a Sabesp tem condições econômico-financeira para investir R$ 56 bilhões e universalizar os serviços de água e esgoto em todos os 375 municípios em que atua.

O Sintaema também afirmou que a Sabesp tem todas as condições de antecipar a universalização. “A Sabesp e os trabalhadores (as) enfrentaram muitos desafios até aqui e mostraram capacidade financeira e tecnológica para fazer frente a esse desafio”. O know-how técnico dos trabalhadores (as) da Sabesp é um dos pontos que fazem da empresa referência mundial sendo atualmente a terceira maior empresa de saneamento do mundo.

Redução de Tarifa

O discurso de redução de tarifa do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durou até a Alesp autorizar a privatização da Sabesp no dia 6 de dezembro. Quatro dias depois da aprovação na assembleia, o governador disse que o aumento poderia vir mas que seria “menor”.

“O que ele tem feito é enganar a população com falsos argumentos. Nem mesmo o estudo encomendado por ele e que custou 45 milhões de reais garantiu que a tarifa seria reduzida. Por outro lado, ele esconde que a Sabesp tem tarifas que estão entre as mais baixas do país”, completou a direção do Sintaema.

Em São Paulo, o valor pago na tarifa social é de R$ 22,38. No caso da tarifa vulnerável, as famílias em São Paulo pagam R$ 17,06 na conta, dágua. No Rio de Janeiro, com o saneamento privatizado, a tarifa é R$ 45,32 (102,4% mais cara que São Paulo) e em Campo Grande – também privatizado – a tarifa é R$ 60,95 (172,3% mais cara que São Paulo).

Confira o quadro das tarifas

Foto: Karla Boughoff