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Privatizou, só piorou | Enel deixa mais uma vez paulistanos sem luz após fortes chuvas em São Paulo

 

Os paulistanos iniciaram 2024 sob novo apagão após fortes chuvas que atingiram a cidade de São Paulo na terça (9) e quarta-feira (10). A Enel, empresa privada responsável pelo serviço de energia elétrica na capital paulista e em outras localidades do Estado, deixou parte da população sem luz por pelo menos 24 horas. Em alguns lugares, o apagão se manteve por dois dias. A previsão é de mais chuva para esta quinta e sexta-feira (12).

O cenário lembrou o mês de novembro quando a Enel levou em média cerca de 6 dias para restaurar a luz após apagão naquela ocasião. Como aconteceu há dois meses, o comércio acumulou nestes primeiros dias do ano prejuízos com alimentos que estragaram sem a conservação após 48 horas sem luz. A Enel informou que 46 mil usuários aguardavam nesta quarta-feira (10) o restabelecimento do serviço.

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Enquanto a população é penalizada, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manteve em silêncio. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a trocar acusações com a presidência da empresa chamando o gestor da Enel de “mentiroso” após o gestor da concessionária afirmar que 800 caminhões da empresa estavam trabalhando na cidade pela retomada da energia.

As responsabilidades da Enel em realizar a prestação de serviços estão sendo apuradas por duas CPIs, uma na Alesp e outra na Câmara Municipal de São Paulo. De acordo com informações do Procom-SP, as queixas contra a Enel cresceram 6,48% entre 2022 e 2023. Se compararmos as queixas de 2023 com as de 2021, o crescimento foi de 75,5%.

“Onde está o governador para responder sobre as consequências da atuação da empresa privada na prestação do serviço de energia elétrica? Não queremos que a Sabesp se torne uma nova Enel. Serviços essenciais não podem estar nas mãos daqueles que só visam o lucro. Enquanto a prefeitura empurra a responsabilidade para a Enel e a Enel empurra para a prefeitura a população é prejudicada”, alertou a direção do Sintaema.

Com informações da Folha de São Paulo e G1