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Apagão: Descaso da Enel alerta população sobre privatização da Sabesp em São Paulo

A demora na retomada da energia elétrica no Estado e em diversos bairros da cidade de São Paulo, especialmente nas zonas oeste e sul da capital, deixou um recado e um alerta para a população: A energia privatizada piorou o serviço e o que esperar da privatização de uma empresa lucrativa e eficiente como a Sabesp?

A direção do Sintaema criticou o descaso da Enel com a população e afirmou que uma futura privatização da Sabesp deixará a população abandonada à própria sorte. “A empresa privada só visa o lucro e não está preparada para uma situação emergencial como a que aconteceu após a chuva forte. A população ficou desamparada e os canais de atendimento da Enel foram desligados”, analisou o sindicato.

Apesar da chuva ter acontecido há três dias, a Enel ainda não restabeleceu a energia elétrica. Nesta segunda-feira (6), cerca de 500 mil imóveis na grande São Paulo continuam sem energia e 12 escolas não abriram as portas. 77 semáforos estão desligados.

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“A falta de resposta da Enel, que é uma das concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia, só vem comprovar que serviços essenciais devem ser responsabilidade do Estado. As tarifas são absurdas e a empresa sequer consegue restabelecer o serviço para a população. Quem vai arcar com os prejuízos impostos à população?”, questionou a direção do Sintaema.

A lentidão e o descaso da Enel estão ligados à redução do quadro de trabalhadores da empresa. Como parte da política de redução de custos, a Enel reduziu desde 2019 em 36% o quadro de trabalhadores (as). “A Enel não tem um efetivo de trabalhadores para lidar com emergências. No momento mais complicado, que foi no sábado (4), a ENEL desabilitou os canais de atendimento deixando a população sem lugar pra reclamar, sem informações sobre a volta da energia e completamente desassistida”, reiterou a direção do Sintaema.

Segundo dados da Aneel, a Enel mantinha em 2019 um trabalhador para atender a cada 307 usuários, em média. Após a redução no quadro, cada trabalhador da empresa precisa atender cerca de 511 consumidores.