Nesta terça (13), compondo a programação da reunião de avaliação da luta em 2022, o Sintaema realizou debate híbrido sobre a onda de privatização do saneamento no Brasil e os desafios do movimento sindical em 2023.
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A atividade foi dividida em duas etapas. A primeira contou com a participação de Adilson Araújo, presidente nacional da CTB; Renan Roncolato, presidente do Sindae; e Eli Morais, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A mesa avaliou a luta no ano de 2022, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e a centralidade de se manter a mobilização e organização para reverter os retrocessos e retomar direitos retirado por Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Onda de privatizações
Na parte da tarde, o debate se concentrou na defesa do saneamento público e na luta pela mudança do atual marco do saneamento. Para esse tema foram convidados Arilson Wünsch, presidente Sindiágua-RS; Rodrigo Picinin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento (SAEMAC); Marcos Helano Fernandes Montenegro, Coordenador de comunicação do ONDAS; e Sandra Paula Bonetti secretaria de Meio Ambiente e Saneamento da CTB Nacional.
A mesa foi unânime ao afirmar que a chave da luta, em 2023, contra as privatizações, serão a organização e a mobilização não só dos trabalhadores e trabalhadoras, mas também da população em geral. Para tanto, o entendimento dos marcos legais vigentes, o acompanhamento das movimentações dos governos privatistas e o esclarecimento de que quem pagará a conta com a privatização será a população se tornam chaves fundamentais para a luta.
“Muito importante o balanço realizado hoje. A ameaça de privatização ronda diversos estados, com destaque para São Paulo, Paraná e Rio Grande Sul. A atividade hoje foi para construir pontes de modo a entendermos o que ocorre nestes estados vizinhos e tirar lições para nossa luta aqui em São Paulo. A atividade também inaugura uma aliança para a luta ano quem, que terá como foco mudar pontos do marco do saneamento e barrar a onda de privatizações”, afirmou o presidente do Sintaema, José Faggian.
O presidente do Sindicato lembra que além da Sabesp, também estão ameaçadas a CETESB e a Fundação Florestal. “A criação da ‘supersecretaria – que une Infraestrutura, Meio Ambiente, Transportes e Logística é a indicação de que não só que Tarcísio de Freitas está importando para São Paulo parte da gestão de Jair Bolsonaro e transformando o governo estadual em um puxadinho de Brasília, ela também confirma seu total descompromisso com nosso estado e com o meio ambiente. O Sintaema empreenderá luta incansável para barrar o desmonte que representa essa nova gestão e lutará diuturnamente em defesa da Sabesp, CETESB e Fundação Florestal”, externou.