No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, data que marca a resistência daqueles que travam a luta antirracista.
Nesse dia, em 1695, morreu Zumbi dos Palmares. Ao lado de Dandara, Zumbi liderou o maior Quilombo do período pré-colonial, construído por aqueles que fugiram da escravidão daquela época e decidiam lutar contra o genocídio da população negra naquela época.
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Mesmo com a instituição da Lei Áurea – que para alguns é definia o “fim da escravidão” – a população negra escravizada segue sofrendo com uma espiral de violência e exclusão. Basta dizer que, 136 anos depois da chamada abolição, a população negra continua sendo a maioria dos pobres, a maioria dos assassinados e violentados e a minoria entre os ricos. Lembrando que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 57% da população brasileira é negra.
Quando aplicamos o recorte de rendimento, verificamos que o rendimento médio dos negros é 40% inferior ao dos não negros, destaca estudo do DIEESE divulgada nesta segunda (18). O levantamento também indica que das 10 profissões mais bem pagas no país, os negros representam 27% dos ocupados, mas são 70% dos trabalhadores nas 10 ocupações com os menores rendimentos.
O cenário fica ainda pior quando o recorte é de gênero. Uma em cada seis mulheres negras trabalha como empregada doméstica. O rendimento médio das domésticas sem carteira é R$ 461 a menos que o salário mínimo.
O cenário apresentado pelo estudo do DIEESE revela que a batalha para vencer a herança escravocrata segue atual e urgente. E sabemos que essa luta é de todos.
Neste 20 de novembro, o Sintaema reitera sua posição pela luta antirracista e destaca que manter viva a luta contra o racismo e toda forma de violência é condição para uma mudança social efetiva.
O Sintaema está junto nesta luta contra toda e qualquer forma de discriminação e violência e pela garantia de respeito, dignidade e direitos para todos e todas que sofrem com o racismo e sua especial de violência.
Confira o estudo do DIEESE:
DIEESE boletim especial consciencia negra 2024c (1)Racismo, não!