A maioria da população paulista é contrária à privatização da Sabesp, cujo leilão está previsto para o segundo semestre. É o que mostra uma pesquisa inédita feita pela Quaest. Segundo o levantamento, 52% se opõem contra a venda da empresa de saneamento básico e 36% se declararam a favor. (4% não são “nem contra e nem a favor” e 8% não quiseram responder).
Leia também – Sintaema convoca sua base para ato dia 18/04 na Câmara de São Paulo
A informação é da coluna de Lauro Jardim, em o Globo, divulgada neste domingo (14). “O resultado, ninguém duvida, foi fortemente influenciado pelo desastroso desempenho da Enel nos últimos seis meses”, analisa o jornalista.
Ao contrário da Enel, privatizada, e que prestas péssimos serviços aos consumidores paulistas, a Sabesp, uma empresa de economia mista controlada pelo governo do Estado, a Sabesp atende muito bem às demandas da população.
Leia também – Seis experiências de privatização do saneamento que comprovam a falência do serviço pela iniciativa privada
Dados do Censo 2022 divulgados em fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o estado de São Paulo é o que tem o melhor serviço de esgoto do país: 90,8% da população tem acesso ao sistema de coleta, enquanto a média nacional é 62,5% e, no Amapá, o atendimento é de 11%.
A conquista da população paulista tem a ver com o trabalho da Companhia nos municípios onde atua. Das 645 cidades de São Paulo, a empresa é a responsável pela coleta de esgoto em 375, ou seja, 58%.
Leia também – Em apoio à luta do Sintaema, PSOL aciona Justiça contra privatização da Sabesp
Posição do Sintaema
Para o Sintaema, a pesquisa só revela o sentimento de insatisfação com a proposta da dupla Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes. “Mais uma vez a população se posiciona contra a privatização da Sabesp. Está claro que o povo sabe o está em jogo com a venda da Sabesp. Privatizaram a energia e estamos passando horrores, não iremos aceitar viver isso também com a água”, afirmou a direção do Sintaema ao comentar a pesquisa.
A direção do Sindicato destacou que irá usa a pesquisa para pressionar a Câmara de Vereadores de São Paulo. “Com certeza mais uma arma em nossa luta em defesa da Sabesp pública”, reforçaram.
Água é vida, não é mercadoria!
Fonte: Hora do Povo
