Na última terça-feira (17), o Sintaema reuniu-se com o novo diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo. O novo presidente informou que pretende valorizar as pessoas e garante o dialogo permanente com todas as entidades representativas da categoria.
Na opinião do diretor-presidente, o saneamento carrega muitos problemas nacionalmente, com exceção de São Paulo. “A Sabesp precisa de uma visão empresarial, pois as empresas estatais têm muitas amarras”. Na visão de André, a Sabesp já tem departamentos que funcionam como os de uma empresa privada, porém, há coisas que são ineficientes, “existem amarras junto ao governo para aprovações e muita burocracia”, finaliza.
O presidente do Sintaema, José Faggian, defendeu o posicionamento de manter a Sabesp pública. “O saneamento não pode ser tratado como mercadoria, por isso nossa posição é que ele seja sempre prestado como um serviço público ou gerido pelo Estado, como é o caso da Sabesp, pois todos temos direito ao acesso à água e esgoto tratados, independentemente da capacidade de pagar pelo serviço, porém, não somos contra os avanços, melhoria dos serviços e da produtividade, o que nos preocupa é qual é o ‘conceito de produtividade adotado’, o que visa em primeiro lugar o lucro ou a que garante o papel social da empresa?”.
Outro ponto abordado pelo Sintaema junto ao novo presidente foi o da importância de se valorizar o corpo de funcionários, a categoria precisa de um plano de carreira mais equilibrado e eficiente, também é urgente a realização de um concurso público para repor e ampliar os posto de mão de obra próprio que foram perdidos nos últimos anos.
O Sintaema enfatizou, também, a necessidade de se fazer um grande debate com a sociedade da importância da Sabesp continuar pública e reafirmou que se o projeto de privatização avançar terá resistência e luta. A categoria não aceitará passivamente a entrega da maior empresa de saneamento da América Latina, que é um patrimônio do povo paulista, para o mercado ganhar dinheiro.
Após fala do Sintaema, André se prontificou a “manter as portas abertas” e garantiu a construção de uma empresa forte e eficiente, que almeje novos negócios, que mantenha um operacional forte e uma empresa moderna.