Mais uma vez o governador Tarcísio de Freitas se posiciona contra o meio ambiente e melhores condições de vida para o povo de São Paulo. Com uma canetada, Freitas vetou o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que instituía o ensino de educação climática para estudantes da rede pública estadual.
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A proposta, que era de autoria do deputado Guilherme Cortez (PSOL/SP), definia que o ensino de educação climática deveria contribuir para a “construção de valores sociais, conhecimentos, atitudes, habilidades e competências quanto às ações de prevenção, mitigação, adaptação e resiliência relacionadas às mudanças climáticas”.
Além disso, a proposta previa que o conteúdo deveria incluir temas como aquecimento global, mudanças no clima global, biodiversidade, poluição e impactos no clima, justiça climática e racismo ambiental.
Vale lembrar que, no Brasil, cerca de 40 milhões de crianças e adolescentes estão expostos aos efeitos da crise do clima. Sendo que destes, o maior impacto é sobre pessoas negras, indígenas, quilombolas e outras parcelas da população que já se encontram em situação de grave vulnerabilidade.
“Mais uma ação contra São Paulo e o meio ambiente. As crianças e os jovens são o nosso presente e o nosso futuro. E debater a questão climática desde cedo é o caminho para a edificação de um conceito de sociedade que dê conta dos desafios climáticos. Enquanto as mudanças climáticas não forem levadas para o centro do debate, inclusive nas escolas, por meio de debates sérios e pautados pela ciência, não vamos responder à altura os desafios socioambientais da atualidade”, avalia a direção do Sintaema.
Projeto em Brasília
Em Brasília, a deputada Duda Salabert (PDT/MG) é autora de proposta similar, o projeto PL 2964/2023. O projeto – que aguarda parecer na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir a educação climática como base da educação escolar.
O PL 2964/23 também prevê outros pontos importantes, como a adaptação das escolas a eventos climáticos extremos e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Com informações da agências