O Congresso volta as suas atividades com as pautas-bombas da votação da reforma da previdência e a indicação de Flavio Bolsonaro para embaixador.
Conforme matérias da Folha de São Paulo de hoje (5), o ambiente no congresso está conturbado e há descrédito até mesmo entre aliados do governo quanto ao andamento do país.
Os comentários do presidente Bolsonaro sobre os governadores do Nordeste, a ironia maldosa da declaração sobre a morte do pai do presidente da OAB e o nepotismo escancarado ao indicar o filho para embaixador nos EUA depõem contra o próprio presidente.
Há ainda o descontentamento com a política econômica, na qual o foco está na reforma da previdência, sem que haja uma pauta mais diversificada para melhorar o país, o que mostra que em 7 meses de governo não houve avanços nesta área.
Quanto à política internacional, esta parece resumir-se à subserviência quase que cega aos EUA. O nosso meio ambiente pede socorro, já que a Amazônia sofre um desmatamento desenfreado e, pior, tenta ser minimizado pelo governo. A demissão do presidente do INPE, pessoa de alta capacidade profissional, mostra o quanto o caminho está tortuoso.
Ao menos há uma luz no fim do túnel: apenas 1/3 da população concorda com as posições radicais e as falas agressivas, muitas vezes “se valendo de informações falsas” do presidente Bolsonaro, conforme levantamento do Datafolha divulgado hoje no jornal.
Voltando à votação da reforma da previdência, a luta contra o desmonte das aposentadorias precisa ser intensificada, porque a votação está prevista para esta semana, mais precisamente no próximo dia 7, e, se aprovada, deve seguir para o Senado.
A luta será intensa, mas estamos juntos contra essa maré de estragos do governo Bolsonaro.