Levantamento MapBiomas, publicado no dia 31 de janeiro de 2023, revela que as queimadas em florestas brasileiras quase dobraram em 2022. O estudo aponta que, sob a política de Jair Bolsonaro, o Brasil computou um crescimento de 93% na área de floresta devastada.De acordo com o índice, 85% da devastação foi concentrada na Amazônia. Apenas no último ano de governo do Bolsonaro, o país perdeu 2,8 milhões de hectares de florestas.
No ano anterior, o índice apontou para 1,4 milhão de hectares atingidos pelo fogo. Se considerados todos os terrenos, não apenas as florestas preservadas, o país viu 16,3 milhões de hectares em chamas. Trata-se de uma área equivalente ao estado do Acre.
Os biomas mais afetados foram a floresta amazônica e o Cerrado, com 7,9 milhões e 7,4 milhões de hectares perdidos, respectivamente. Ao considerar que a área brasileira de Cerrado é equivalente à metade da área de floresta amazônica, a conclusão é de que o Cerrado é o bioma que mais sofre com as queimadas.
Queimadas e águas
Os dados apontam para uma piora expressiva na devastação durante os últimos anos. Contudo, o cenário é devastador em uma escala ainda maior. De acordo com os dados, o Brasil perdeu 15,7% da superfície de água doce em 30 anos, de 1990 a 2020. No estado do Mato Grosso, houve a seca de 50% das águas aparentes. O estudo revela que não é apenas a Amazônia sob risco. O Pantanal, maior planície de alagamento do mundo, perdeu 68% das águas em superfície nesse período.
O Ministério Público do Mato Grosso realiza, nesta semana, um seminário sobre a questão das águas. A série de encontros virtuais é intitulada “Nascentes, Veredas e Áreas Úmidas“. O procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe chamou a atenção para a urgência do tema hoje, durante a abertura do evento. “Falar sobre a importância da água é fundamental. Assim como investir na educação ambiental nas escolas e na conscientização dos adultos para que possamos preparar as futuras gerações.”
Fonte: Rede Brasil Atual