O governo privatista de Tarcísio de Freitas anunciou na última semana novos detalhes sobre a privatização da Sabesp. Entre as novidades, destacam-se o fato de o governo estadual abrir mão de indicar o candidato a diretor-presidente da companhia, podendo apenas participar da votação para escolha do diretor-executivo (CEO, sigla em inglês). Além disso, deixa para o investidor a escolha do presidente do Conselho de Administração da Sabesp (CA).
Com isso, após a privatização, o novo CA será composto de nove membros, sendo três indicados pelo governo estadual, três indicados pelo acionista de referência e três conselheiros independentes. Com isso, a cadeira que era ocupada por uma representação dos trabalhadores e trabalhadoras será extinta.
“O projeto de privatização da Sabesp segue a cartilha do capital internacional e irá atacar cada espaço e canal que a categoria conquistou com muita luta. Com essa configuração, nosso companheiro Aurélio Fiorindo perde a cadeira para qual foi eleito esse ano. Mais um ataque do projeto privatista de Tarcísio”, avalia a direção do Sintaema.
“Demoramos muito tempo para termos um representante dos empregados no Conselho de Administração da Sabesp e, com essa decisão, passaremos a não ter voz nesse espaço. Uma perda clara de representatividade”, declarou Aurélio Fiorindo, eleito pela categoria, em fevereiro deste ano, para compor o Conselho de Administração da Sabesp.
Para a direção do Sintaema, a perda do assento no Conselho significa um retrocesso. “Nossa atuação no Conselho de Administração sempre teve como foco o fortalecimento da Sabesp como empresa pública, a defesa de uma gestão participativa, transparente, livre de ingerências políticas e voltada para os interesses da população”, ressaltou.
O Sindicato destaca que entre ações que eram defendidas pelo representante da categoria estão: a defesa dos direitos dos trabalhadores; o estímulo de uma política de Recursos Humanos visando o desenvolvimento das pessoas com salários e benefícios valorizados e a garantia de condições de trabalho seguras e saudáveis; o combate à privatização da Sabesp; e a luta pela realização de concurso público.
O Sintaema reitera que a luta continua firme contra a agenda geral de retrocessos impostas por Tarcísio de Freitas.