O que aconteceu nesta quinta (11) não é “fatalidade”, nem “surpresa”. É a consequência direta de entregar serviços essenciais ao lucro privado.
A Sabesp informou que bairros inteiros da capital e diversos municípios da Grande São Paulo continuam sem água por causa da falta de energia da Enel, após as chuvas e ventos dos últimos dias. Sem eletricidade, as estações de bombeamento — que levam água até as casas da população — simplesmente param.
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E quando o serviço é privatizado, o povo fica no escuro… e sem água.
Enel: apagões, descaso e prejuízo ao povo
Há anos o Sintaema denuncia o caos instalado pela Enel, que já deixou milhões de paulistas no apagão, causou danos a residências, ao comércio, às famílias e também colocou trabalhadores em situações de risco extremo. A empresa privada coleciona acidentes, falhas e falta de investimentos enquanto distribui lucros aos acionistas.
Agora, o efeito cascata desses apagões derruba o abastecimento de água em:
- Americanópolis
- Cangaíba
- Parelheiros
- Parque do Carmo
- Parque Savoy
- Sacomã
- Vila Clara
- Vila Formosa
- Vila Romana
- Itapecerica da Serra
- Guarulhos
- Cajamar
- Mauá
- Santa Isabel
- Regiões de Cotia e São Bernardo do Campo
Milhões de pessoas afetadas por um problema criado por empresas privadas que tratam serviços essenciais como mercadoria.
Sabesp privatizada: o futuro que já começou — e ele é pior
A Sabesp afirma que a retomada da água será “gradual” porque as tubulações esvaziaram. Mas todos sabem: o risco de apagões, desabastecimento e abandono tende a piorar com a privatização.
E existe uma verdade dura por trás disso: Sem investimentos robustos, planejamento e projetos focados em garantir o serviço — e não o lucro — as unidades simplesmente param.
Quando o objetivo é remunerar acionista, não há espaço para expansão de rede, modernização do sistema, manutenção preventiva e preparação para situações de emergência. É exatamente assim que começa o colapso.
Onde o saneamento foi entregue ao setor privado, os resultados são sempre os mesmos:
- Tarifas mais caras
- Piora na qualidade e precarização para os trabalhadores e trabalhadoras
- Desrespeito ao usuário
- Menos investimento
- Colapso do serviço em momentos críticos
São os mesmos passos da Enel, agora na versão Sabesp privatizada.
O Sintaema seguirá fiscalizando, denunciando, organizando a categoria e mobilizando a sociedade para impedir que a água e a energia — bens essenciais à vida — sejam submetidos aos interesses do mercado.
Privatização é apagão, é falta d’água, é abandono.
Água é direito, não mercadoria.
Sintaema presente, combativo e ao lado do povo de São Paulo.








