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Lama e tarifas abusivas são o resultado da privatização da água em Ouro Preto (MG)

A população da comunidade da Chapada de Lavras Novas, em Ouro Preto (MG), está em luta pela reestatização dos serviços de água e esgoto na cidade. Isso porque, além de tarifas abusivas –  com a cobrança de tarifas que variam de R$300 a R$1.400 – agora também enfrenta o perigo de contaminação com lama em suas caixas d’água de distribuição.

Segundo relatos da população publicados nesta quarta (22), no Ecoa UOL, desde o dia 8 de março em vez de água limpa, pura, a caixa d’água estava coberta por um lamaçal com um cheiro de cloro que beirava o insuportável. Até peixe viram dentro do reservatório. 

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A reportagem aponta que a população sofre com água marrom (ver imagem abaixo) saindo da torneira, imprópria até para lavar roupa e tomar banho, quiçá para beber. 

A Saneouro, um consórcio privado que envolve o quinto maior conglomerado empresarial da Coreia do Sul, é quem explora o serviço de água e esgoto na região desde janeiro de 2020 e, de lá pra cá, a população reclama do serviço prestado pela empresa ao município e do aumento abusivo das tarifas.

Revolta da população

Em outubro de 2022, a população reagiu ao caos e descaso que a Saneouro impõe à população de Ouro Preto e realizou uma jornada de luta pela remunicipalização dos serviços.

Como resposta a indignação da população, a Prefeitura de Ouro Preto entrará com um processo solicitando a anulação do contrato com a Saneouro, firmado na gestão do ex-prefeito Júlio Pimenta (MDB).

Em pronunciamento na Câmara da cidade, o secretário de governo disse que o prefeito irá lutar pela remunicipalização da água na cidade. “Eu adianto para vocês que o prefeito vai entrar com uma ação anulatória. O prefeito quer remunicipalizar o serviço de água e esgoto de Ouro Preto, porque a água não é mercadoria, é um direito de todo cidadão”.

Com informações do UOL