O mês de abril foi marcado por mortes e acidentes causados pela negligência e irresponsabilidade das empresas privadas contratadas pela Sabesp.
No dia 13 de abril, na cidade de Tatuí, o senhor Adriano, trabalhador terceirizado da Sabesp, foi vítima de acidente enquanto executava um reparo em uma tubulação da Sabesp. Ele era funcionário da JRM que foi contratada pela empresa Engvita, que é quem presta serviço para a Sabesp. Ou seja, a contratada da Sabesp quarteirizou o serviço.
Segundo relatos, Adriano Martins Cavalcanti foi vítima de mais um soterramento. Ele foi retirado com vida, mas faleceu 19 dias depois graças a política de negligência das terceirizadas.
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“As informações que apuramos é que esse trabalhador foi soterrado durante um reparo e que na obra não havia fiscal, projeto de escavação e nem acompanhamento. Ou seja, negligência total da Engvita, empresa contratada pela Sabesp. Lamentamos muito o ocorrido e seguiremos em luta para combater esse tipo de prática.”, denuncia da direção do Sintaema.
O Sindicato destaca que luta permanentemente para que a Sabesp realize concursos e ponha um fim nestes contratos que só têm causado morte e sequelas graves para diversos trabalhadores. “Um absurdo a falta de fiscalização da Sabesp sobre esses contratos. Isso tem custado a vida de pessoas, pais e mães de família”, frisou a direção.
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Acidente em Santana do Parnaíba
No dia 27 de abril, em Santana de Parnaíba, ocorreu mais um acidente fatal com um trabalhador terceirizado – esse da empresa privada JOB. Segundo a denúncia, o trabalhador realizava um reparo em uma rede de água quando a adutora se rompeu vitimando esse trabalhador.
“Infelizmente, esta fatalidade se soma a outras dezenas de mazelas já denunciadas pelo Sintaema. Esse trabalhador também foi vítima da política de negligência, realizava seu trabalho em proteção, escora e fiscalização. A terceirização no mundo do trabalho só tem um objetivo: explorar os trabalhadores, e as consequências são a precarização e os acidentes, estes muitas vezes fatais”, frisa a direção do Sintaema.
O Sindicato alerta que, “com a privatização da empresa, esta cena poderá se tornar ainda mais frequente na Sabesp, causando tramas às famílias e entre os trabalhadores da Sabesp. Seguimos em luta contra a privatização da Sabesp e contra a terceirização do trabalho. Além disso, a iremos cobrar da Sabesp mais segurança no trabalho e o pagamento da periculosidade para os trabalhadores que atuam em situações de risco”.
A direção do Sintaema ainda destaca que além das mortes, o mês de abril também foi marcado por acidentes graves. “É urgente uma postura altiva da empresa em relação a esses crimes. Uma empresa como a Sabesp não pode ter sua história marcada pela irresponsabilidade. Precisamos de concursos públicos para que esses trabalhadores tenham a segurança e seu direito à vida resguardados”, defendeu.
Terceirização, não!
Queremos a Sabesp pública!