A direção do Sintaema envio ofício, nesta terça (19), ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pedindo uma “reunião urgente” para tratar da grave situação de insegurança no trabalho envolvendo a Sabesp e os contratos com as empresas terceirizadas.
“Mesmo com diversas cobranças do Sindicato para garantir a segurança e das denúncias diuturnas sobre a irresponsabilidade das gestões das terceirizadas, a Sabesp segue de costas e sem fiscalizar da forma devida os contrato. O resultado disso são mortes, amputações, adoecimento mental e lesões diversas”, afirma o Sindicato ao destacar a urgência da questão.
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O Sintaema destaca que a situação é alarmante e coloca em risco o conjunto dos trabalhadores da empresa. Há o flagrante descumprimento das normas de segurança e saúde ocupacional geral. Por isso, acionamos o MPT e seguiremos com nossas diligências em defesa da categoria”, frisou a direção.
Para a direção do Sindicato, o cenário abre caminho para que mortes e acidentes, como o que ocorreu no dia 01 de maio de 2024, Subestação Theodoro Ramos, localizada na Av. Américo Brasiliense, 630 – Santo Amaro – São Paulo/SP, quando três trabalhadores da Sabesp sofreram um acidente grave quando realizavam uma intervenção corretiva.
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Segundo relato feito ao Sindicato, durante a intervenção no cubículo 3 da sala de painéis da Subestação Theodoro Ramos, os empregados tentaram inicialmente religar o disjuntor na mesa de comando, mas não obtiveram sucesso, sendo assim, abriram o cubículo 3 e retiraram o disjuntor de 13.800V para inspeção visual, não constatando nenhuma anomalia, ocorre que, ao reinserirem o disjuntor no cubículo ocorreu uma explosão devido a um surto elétrico em um dispositivo em falha, com a formação do arco elétrico, ocasionando lesões aos trabalhadores que receberam a energia de calor do arco elétrico, sofrendo diversas queimaduras graves em partes múltiplas do corpo.
Diante desse caso e de muitos outros denunciados pelo Sindicato somente esse ano, a direção do Sintaema afirma que é urgente uma intervenção para prevenir novas tragédias, garantir condições dignas de trabalho e reforçar o cumprimento das legislações trabalhistas. Não podemos aceitar que a falta de fiscalização e de condições de trabalho coloque em risco a vida de quem atua para garantir o direito universal à água e esgoto tratado.
Juntos na luta por segurança no trabalho!