Após colocar o país em recessão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro através de políticas macroeconômicas liberais, o empresário e ex-ministro da Economia Paulo Guedes se prepara para participar do consórcio que disputará a compra da maior empresa de saneamento da América Latina, a Sabesp.
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Sob o argumento de ampliar investimentos, o governo Tarcísio de Freitas tenta dilapidar o patrimônio paulista, mediante a venda do controle da mais valiosa empresa de saneamento do Brasil.
A companhia paulistana entrou na mira da ala liberal do governo Bolsonaro através da gestora de fundos de investimentos Yvy Capital, que além de Guedes, também tem como sócio Gustavo Montezano, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A Yvy Capital fechou acordo com a Aegea Saneamento, e preparam para comprar metade dos 30% que Tarcísio pretende colocar à disposição do mercado até o fim de 2024.
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A Aegea é um dos urubus capitalistas que buscam patrimônio público consolidado. A empresa é líder de investimentos privados em saneamento no país com 56% de market share, ou seja, participa dessa fatia de mercado.
Consolidada como referência mundial no atendimento do saneamento básico à população paulista, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) aprovou a privatização da Sabesp na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) no apagar das luzes de 2023, em dezembro.
A privatização, no entanto, ainda precisa ser discutida com 375 municípios atendidos pela Sabesp, incluindo a capital São Paulo, antes de ser concretizada.
Na Câmara Municipal de São Paulo, os vereadores prometem esticar ao máximo o tema antes de liberar o processo de desestatização.
Antes da privatização, a Sabesp já estava próxima da meta de universalização estabelecida para 2030, cobrindo 98% de água e 90% de esgoto. Tudo isso com os grandes investimentos já realizados pelo Estado, o que atrai os olhos do setor privado e oportunista.
Fonte: Vermelho