Trabalhadores e trabalhadoras que prestavam serviços à Sabesp por meio de empresas terceirizadas seguem sofrendo com o descaso da atual gestão. Segundo denúncias recebidas pelo Sintaema, funcionários da GMF foram demitidos em julho nas cidades de Lins, Tupã, Fernandópolis e Jales e, até hoje, não receberam o pagamento das rescisões trabalhistas.
O caso se torna ainda mais grave diante da informação de que muitos desses profissionais foram recontratados pela nova empresa que assumiu os serviços da Sabesp, mas permanecem calados por medo de perder o emprego.
“A situação desses companheiros e companheiras é de medo diante da violência e da pressão que as empreiteiras contratadas pela Sabesp impõem”, denuncia a direção do sindicato.
Entre os mais afetados estão os trabalhadores que atuavam no atendimento ao público, como nos Poupatempos.
“Temos recebido relatos de pessoas em prantos, desesperadas com o desrespeito e a negligência da empresa”, lamenta a direção do Sintaema.
Para o sindicato, o episódio evidencia não apenas a precarização extrema do trabalho terceirizado, mas também a postura abusiva e negligente da própria Sabesp, que segue contratando empresas sem compromisso com os direitos básicos de quem garante a operação dos serviços. O descaso com quem dedicou seus dias à prestação de um serviço essencial demonstra, mais uma vez, como a vida dos trabalhadores é tratada como mercadoria.
O Sintaema reafirma: a dignidade e os direitos trabalhistas não podem ser ignorados. É urgente cobrar da Sabesp e das empresas terceirizadas a regularização imediata dos pagamentos e o respeito integral aos trabalhadores e trabalhadoras que mantêm o serviço público de saneamento funcionando em todo o estado.