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Falta d’água em SP | Como fica a população com o desgoverno Tarcísio?

Morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, sem água. Foto: Divulgação.

A falta de planejamento por parte do governo estadual de São Paulo para enfrentar a seca e a calor extremos já levam municípios a adotar ou prever racionamento de água no interior de São Paulo. Cidades importantes como Bauru e São José do Rio Preto enfrentam escassez de água para abastecimento. Em Bauru e outras cidades, o rodízio já está em vigor. Rio Preto decidirá se adota a medida na terça (17).

Os incêndios criminosos só agravam a situação. Ao menos 53 municípios do Estado estão em emergência devido à seca e aos incêndios, segundo a Defesa Civil estadual. No final de julho, eram dez cidades nessa condição.

Em um cenário como esse o que fez o governador Tarcísio de Freitas? Nada. Ao invés de fortalecer os órgãos públicos e as políticas públicas voltadas ao tema das mudanças climáticas, Tarcísio abriu a banca e vendeu tudo que podia neste setor.

“O governador de São Paulo empregou uma agenda que insere ainda mais as empresas privadas no meio público e deixou de lado ações voltadas à mitigação da crise hídrica no estado. Seu ‘Pacote Climático’ coleciona uma série de limitações e generalidades e não observa a pauta da gestão da água como fundamental. Um pacote que, na verdade exclui ações essenciais e urgentes de combate à seca, uso otimizado da água e de preservação de nascentes”, aponta a direção do Sintaema.

O Sindicato destaca que o atual governo perpetua a herança perversa de privatizações das gestões tucanas e aprofunda o desmonte do setor ambiental sem se preocupar com o impacto disso para as gerações futuras. E a situação traz enorme preocupação, sendo que impactará no futuro de gerações.

E a crise hídrica?

A seca parece como pauta secundária no governo Tarcísio. Até agora o que feito foram perfurações de poços artesianos dentro de um Plano de Resiliência à Estiagem. Mas situação requer esforços maiores e já preocupa, tendo em vista que a estiagem neste ano começou a afetar os reservatórios de água no estado e chama atenção para 2025.

Ao que parece a equipe que desenvolveu o “Pacote Climático de Tarcísio”, não se lembra (ou não foi informada) de que há 10 anos, em 2014, o estado viveu uma crise hídrica sem precedentes que levou ao racionamento de água na Grande São Paulo.

“Na época o governo de plantão colocou a culpa em São Pedro, mas a gente sabe que a sazonalidade deve ser enfrentada com projetos a ações de preservação. Se houvesse planejamento lá não teríamos sofrido tanto com os racionamentos. Sem nenhuma novidade do seu descompromisso, Tarcísio repete a dose e o resultado está ao nosso redor: recorde de incêndios, insegurança e prejuízos severos para o nosso meio ambiente. Ou seja, uma gestão do desastre”, ressalta o Sintaema.