O Ministério Público Federal- MPF, por meio de sua Procuradoria, quer saber do Ministério da Saúde qual o motivo técnico que levou o presidente Bolsonaro a cancelar a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac na semana passada, sem mostrar qualquer comprovação científica para tal feito.
E mais: o MPF também pediu explicações sobre quais seriam as motivações para priorizar a vacina da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca em detrimento da Coronavac, que está sendo feita pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, conforme matéria do jornal Folha de São Paulo de hoje (27).
A Anvisa também foi questionada pelo MPF: “há algum embasamento científico para a decisão inicial de considerar apenas a ‘vacina de Oxford’ no calendário do Ministério da Saúde e, posteriormente, a ‘Coronavac’. Uma delas está em estágio mais avançado de testes que a outra? E quanto aos demais imunizantes em fase de testes?”.
O Ministério da Saúde tem 15 dias para responder ao MPF, que também quer saber sobre em quais etapas estão todas as vacinas.
Enfim, enquanto esta guerra política entre governo federal e estadual persiste, o contágio e as mortes de brasileiros pelo coronavírus continuam. Dados atuais do Consórcio de veículos mostram mais de 157 mil mortes e quase cinco milhões e meio de contágios.