“Não temos votos suficientes. Há vereadores torcendo o nariz para a proposta e a proximidade das eleições pesa muito no processo”, declarou o presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Milton Leite, em entrevista ao O Globo. O projeto precisa de 28 votos dos 55 da Casa.
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“Precisamos aproveitar esse clima, reforçar a pressão junto aos vereadores e suas bases. Sabemos que passadas as eleições, Nunes virá com tudo. Além disso, o resultado das eleições também pode ser um redefinidor na nossa luta. Precisamos eleger um projeto que se comprometa com a cidade e não com a sanha dos rentistas'”, destacou o presidente do Sintaema José Faggian.
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Outro fator que está pesando para o projeto avançar na Casa, afirma Milton Leite, é o temor da Sabesp virar uma Enel.
Para o Sintaema, é certo que, se privatizada, a Sabesp irá se transformar em uma Enel. Basta ver as experiências de privatização pelo Brasil e pelo mundo. “A privatização só visa um objetivo: o lucro. Em nenhum lugar do mundo nenhuma empresa privada de saneamento ou de energia atuou com o foco na prestação do serviço em prol do atendimento da sociedade, sobretudo a que mais precisa”, alertou o presidente do Sintaema.
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O Sindicato está firme na luta e sabe que “os interesses dos vereadores da base do prefeito e do governador é no fundo que recebe parte dos ganhos da Sabesp para a cidade. O relatório que deu parecer favorável para aprovação do projeto de Nunes é claro quanto isso. Nosso objetivo é escancarar esses interesses e assim pressionar a opinião pública para barrar o projeto na Câmara”, pontuou a direção do Sintaema.
Sintaema, unidade e muita luta em defesa da Sabesp.