Unidade e resistência marcam reunião de trabalho da Frente Parlamentar Contra a Privatização da Sabesp que ocorreu na tarde desta terça (7), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A atividade contou com a participação de cerca de 150 lideranças políticas, sindicais e sociais em torno da luta contra a privatização do saneamento em São Paulo e a construção de uma agenda que apresente à sociedade o que está em jogo caso a Sabesp seja privatizada.
Entre os presentes, destacamos a participação dos deputados e deputadas estaduais Luiz Fernando (PT), Luiz Carlos Marcolino (PT), Dr. Jorge do Carmo (PT), Deputado Maurici (PT), Mônica Seixas (PSOL) e das co-deputadas eleitas pela Bancada Feminista Carolina Iara e Simone Nascimento (PSOL). E de lideranças do Sintius, Ondas, Sindicato dos Condutores, Sindicato dos Metroviários, Sindicato dos Engenheiros, APU e AAPS.
Leia também – Contra privatização da água e da energia, trabalhadores protestam na Bolsa de Valores de São Paulo no dia 14/02
Ao realizar a abertura da reunião, o deputado estadual Emídio de Souza (PT/SP), presidente da Frente Parlamentar, destacou que a realização da reunião tem como meta retomar, de forma unificada e ampla, a luta contra a privatização da Sabesp. “É preciso ganhar o debate na sociedade civil e ampliar o diálogo com diferentes frentes de luta e de diferentes forças políticas. É hora de organizarmos a luta com a criação de ações como a popularização do nosso manifesto e a realização de audiências públicas na Alesp e nas câmaras municipais de todo o estado”, indicou o deputado.
Clique aqui e leia o Manifesto contra a Privatização da Sabesp
Souza ainda ressaltou que “é preciso vigilância e muita sagacidade para enfrentar o discurso do governador Tarcísio de Freitas, que tem defendido que se a Sabesp for privatizada a tarifa irá baixar e a universalização será alcançada, mas sabemos que isso não ocorrerá. Nosso vizinho Rio de Janeiro é um exemplo claro disso”, emendou.
Sintaema em defesa da Sabesp
Presente na reunião, a direção do Sintaema apresentou balanço da luta do Sindicato em defesa da Sabesp e destacou o papel da Frente Parlamentar nesta batalha. Durante a sua fala o presidente do Sindicato, José Faggian, destacou que a defesa da Sabesp é de todos e todas e o que está em jogo é o acesso universal de direito à água.
“A luta contra a privatização da Sabesp não é somente do sabespiano e da sabespiana, mas sim de toda a população do estado. Basta lembrar que onde o saneamento foi privatizado a tarifa aumentou e o serviço piorou, sem falar na exclusão brutal do acesso das populações mais vulneráveis do acesso à água. A gente sabe que onde a iniciativa privada entra não é para cuidar do bem-estar da população, ela entra com um único objetivo: obter lucro!”, afirmou Faggian.
Para a direção do Sintaema a Frente Parlamentar será um instrumento fundamental na luta do Sindicato e de todos e todas que já estão na linha de frente da batalha contra as privatizações em São Paulo. “De forma propositiva, nós do Sintaema entendemos que precisamos levar nossa luta também para Brasília. Pressionar o governo Lula para garantir mudanças na Lei 14.026, em especial com a volta do contrato de programa”.
Também foi proposta do Sintaema na reunião a retomada do papel do BNDES como vetor de desenvolvimento de projetos voltados para a população e para a classe trabalhadora. “A questão do BNDES também será fundamental. Precisamos exigir que o BNDES não atue como agente financiador das privatizações no país. Não podemos esquecer o que aconteceu no Rio de Janeiro, quando o BNDES atuou para financiar R$ 19,3 bilhões para os leilões dos blocos 1 e 4 da Cedae”, denunciou o Sintaema.
O Sindicato também fez informe sobre a agenda de luta construída pelo Sintaema, através do Coletivo Nacional de Saneamento, com a construção do Fevereiro Azul e a convocação de grande ato no dia 14 de fevereiro, a partir das 9h, na porta da Bolsa de Valores de São Paulo.
Confira como foi a reunião:
https://www.youtube.com/watch?v=Ux_OtoD6SnU