Mais uma vez, a falta de investimento e manutenção coloca em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp.
Na última sexta, o Sintaema investigou a denúncia de rompimento de um reservatório de hipoclorito e confirmou que o reservatório de hipoclorito que rachou em Itapetininga não resistiu à pressão durante o abastecimento. Com 8 anos de uso, exposto ao tempo e fabricado em fibra de amianto, um material de resistência limitada, o reservatório chegou ao seu limite e cedeu, colocando em risco a segurança de quem opera o sistema.
O descaso não parou por aí! Durante a remoção dos destroços, um trabalhador que usava bota de PVC (EPI inadequado para o serviço) escorregou e caiu em um tanque com hipoclorito, substância altamente corrosiva. Felizmente, colegas conseguiram socorrê-lo a tempo, mas o acidente poderia ter sido fatal.
“As Normas de Segurança no Trabalho são claras, esse tipo de material tem uma vida útil de apenas 5 a 6 anos e precisa de inspeção constante para evitar tragédias. Cadê estava a fiscalização? Por que a estrutura não foi substituída antes de chegar a esse estado crítico?”, questiona a direção do Sintaema.
O Sindicato destaca que essa situação é fruto da falta de investimentos, da negligência com a segurança e do modelo privatista que prioriza o lucro em detrimento da vida dos trabalhadores!
O Sintaema exige providências imediatas para garantir a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa e impedir que novos acidentes aconteçam. A luta por condições dignas de trabalho e um saneamento público eficiente e seguro continua!
Água é vida, trabalhador não é descartável!
