
O acesso à água é um direito universal, mas para a população de Manaus (AM), ele tem se tornado um luxo inacessível. A concessionária privada Águas de Manaus, controlada pelo grupo Aegea, impôs um reajuste abusivo de 12,32% na tarifa de água e esgoto, penalizando justamente aqueles que mais precisam. A justificativa? Inflar os lucros da empresa sob o pretexto da inflação da pandemia.
Vale lembrar que o serviço de água e esgoto de Manaus foi privatizado em 2000 sob o discurso de baratear a tarifa e universaizar o serviço. Hoje, 25 anos, de acordo com relatório doObservatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), Manaus ocupa uma posição entre os 20 municípios com os PIORESs índices de saneamento básico.
“Enquanto os moradores enfrentam serviços precários, falta d’água e esgoto a céu aberto, a concessionária e seus acionistas internacionais celebram um faturamento bilionário. A lógica da privatização é clara: aumentar os lucros à custa do sofrimento da população”, denuncia a direção do Sintaema.
A realidade de Manaus escancara o que acontece quando o saneamento se transforma em mercadoria: tarifas impagáveis, exclusão dos mais pobres e uma crise sanitária permanente. É um modelo que serve ao mercado financeiro, não ao povo.
O Sintaema segue em luta e denunciando mais esse ataque ao direito fundamental à água e reafirma a necessidade da reestatização do saneamento no Brasil.
Manaus é um exemplo de que privatização significa precarização e exclusão. Seguiremos na luta por um modelo público e eficiente, que trate a água como um bem comum e não como fonte de lucro para poucos!
Água é vida, não mercadoria! Privatização mata, reestatização já!