Mulheres ocuparam a Avenida Paulista, nesta quarta (8), em defesa da vida, por democracia e igualdade de salários entre homens e mulheres. Elas também empunharam a bandeira do combate ao feminicídio e contra a privatização, em especial contra a privatização da Sabesp.
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“Como em todos os anos, o Sintaema marcou presença no ato das mulheres, agenda que marca a abertura do ciclo de ações políticas e sociais dos movimentos organizados e que sinaliza o tom dos embates que travaremos ao longo do ano. Neste ano, além da defesa dos direitos das mulheres, as urbanitárias, também levaram para as ruas a luta em defesa da Sabesp, hoje ameaçada pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas”, afirmou a direção do Sintaema.
Reflexo da violência e da exclusão
Os dados publicados pela Rede Observatórios de Segurança revelam o pior: no Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas. No terceiro trimestre do ano passado, elas também representavam 44% da força de trabalho, segundo boletim do Dieese, com base em dados do IBGE. Mas eram 55,5% da população desempregada do país.
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O estudo também mostra que são famílias chefiadas por mulheres que respondem por 60% do déficit habitacional brasileiro que, em 2019, era de quase 5,9 milhões de casas.
Expectativa com Lula
O 8 de Março deste ano também é marcado por grande expectativa de mudança. Nesta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou um conjunto de medidas dirigidas à população feminina. A lista inclui, por exemplo, distribuição gratuita de absorventes, retomada de 1.189 obras de creches que estavam paralisadas pelo país, proposta de equidade salarial entre homens e mulheres e ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Durante o lançamento, Lula lembrou que não durante anos “o 8 de março foi comemorado com distribuição de flores, enquanto os outros 364 dias do ano eram marcados pela discriminação, o machismo e a violência. Hoje, nós estamos aqui comemorando o 8 de março com o respeito que as mulheres exigem”, disse Lula, ao destacar que o lançamento de hoje significa um passo importante na luta das mulheres.
O Sintaema marchará ao lado das mulheres em defesa dos direitos e contra toda forma de violência e discriminação. Juntos pela vida das mulheres, por empregos e rendas dignos!