Com o plenário repleto de energia para a luta, o Sintaema deu início, nesta sexta (24), em São Pedro (SP), à cerimônia de abertura do 11º Congresso da entidade, que segue até o dia domingo, dia 26. O tema central desta edição — “Democracia, meio ambiente saudável e saneamento para todos” — sintetiza o espírito de resistência e luta que marcou as cinco décadas de história do Sintaema.
O evento foi aberto pelo secretário-geral Edson Flores Lima Filho, que realizou a leitura do edital de convocação, seguido da leitura do regimento interno pela vice-presidente do Sintaema, Helena Maria da Silva, que foi aprovado por ampla mai pela aprovação dos delegados e delegadas presentes.
Em sua saudação inicial, o presidente José Antônio Faggian destacou a força da categoria e a importância do Congresso no atual contexto político.
“O Sintaema chega aos 50 anos de vida como um símbolo da resistência dos trabalhadores e trabalhadoras que nunca deixaram de lutar pela democracia, pela soberania e pelo direito ao saneamento público e de qualidade. Nosso desafio agora é seguir firmes contra o projeto de privatização de Tarcísio de Freitas e reafirmar o papel do serviço público como instrumento de justiça social e proteção ambiental”, reforçou ele.
A mesa de abertura contou com a presença de representantes de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais e parlamentares.
Entre os convidados, o ex-presidente do Sintaema e atual secretário sindical nacional do PCdoB, Nivaldo Santana, ressaltou a importância histórica da entidade para o movimento sindical brasileiro:
“O Sintaema nasceu em tempos de ditadura e nunca se calou diante das injustiças. Ao longo de 50 anos, foi protagonista nas lutas por democracia, por direitos e pela soberania nacional. Esse Congresso reafirma a trajetória de um sindicato combativo, que segue unido na defesa dos trabalhadores e do setor público”, afirmou Nivaldo.
Com a presença de parlamentares do PCdoB, PT e PSOL, a abertura do Congresso contou com um espírito conectado com a luta estadual e nacional e os desafios de projeto de país:
“Enquanto o governo Tarcísio tenta entregar a Sabesp ao capital privado, o Sintaema mostra que o povo não aceita retrocessos. Defender a água e o saneamento como direitos e não mercadorias é uma bandeira que conecta o sindicato à luta maior pela democracia e pela vida.”, defenderam os parlamentares presentes.
As demais entidades sociais e sindicais presentes — entre elas, CTB, CUT, Conlutas, Ondas, Frise, Sintaema-SC — fizeram falas no espírito de resistência e unidade contra as privatizações do setor e reafirmaram o compromisso conjunto na defesa do saneamento público, da valorização dos trabalhadores e da democracia brasileira.
“Não há projeto nacional sem serviço público forte e trabalhadores valorizados. O Sintaema é exemplo de organização e resistência diante das políticas neoliberais que atacam direitos e tentam desmontar o Estado”, defenderam as entidades.
Encerrando o ato, o presidente José Faggian destacou os desafios da categoria para o próximo período e ressaltou as conquistas e ações alcançadas pelo Sintaema ao longo de sua tragetória.
Lançamento da Revista
Os trabalhos deste primeiro dia foram encerrados com o lançamento da Revista Sintaema 50 anos. Ao lado dos ex-presidentes Helifax Pinto, Rene Vicente e Nivaldo Santana, a atual direção do Sintaema apresentou um extrato do que foi a lita do Sintaema nestes 50 anos.
“Foi um momento marcado por forte emoção”, afirmou a vice-presidente do Sintaema, Helena Maria da Silva, que coordenou o ato de lançamento.
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O 11º Congresso segue até domingo (26), com debates, painéis e grupos de trabalho sobre as perspectivas do saneamento, do meio ambiente e da luta sindical diante dos desafios atuais.
Fotos: Acervo Sintaema/Márcio Silva
