A direção do Sintaema realizou na sexta-feira (23) protesto no Memorial da América Latina quando classificou de farsa as audiências públicas convocadas pelo governador Tarcísio de Freitas sobre a privatização da Sabesp.
Em três minutos definidos pela organização do evento, o Sintaema leu o manifesto “Privatização da Sabesp: Farsa ou Tragédia? em que o sindicato e o Fórum de Entidades criticam a pressa do governo do Estado em realizar as audiências.
“Esta audiência pública é mais um ato de um espetáculo farsesco, promovido pelo governo do estado para vender a SABESP. Venda autorizada por uma Lei inconstitucional aprovada pela Assembleia Legislativa”, afirma o texto.
O Sintaema também criticou a falta de tempo hábil para que a população pudesse ler os documentos e ressaltou que o número de audiências é insignificante diante dos 375 municípios atendidos pela Sabesp.
“Esse processo de audiências públicas é ilegítimo! Em 15 de fevereiro, o estado publicou documentos com mais de 25 mil páginas e apenas oito dias após iniciam-se audiências públicas em somente 7 das 375 cidades! É óbvio que esse processo sequer cumpre preceitos constitucionais de participação e transparência”, continua trecho do manifesto.
Estão previstas mais 6 audiências presenciais pelo estado nas cidades de Santos (26 de fevereiro), São José dos Campos (27 de fevereiro), Registro (29 de fevereiro), Franca (5 de março), Presidente Prudente (7 de março) e Lins (12 de março). No dia 14 de março haverá a última audiência que será virtual pelo YouTube da Semil Sp.
“O Sintaema realizará protestos em todas as audiências públicas deixando claro para a população que o governo do Estado não está interessado em consultar o povo. Ficou claro que essa audiência foi mal divulgada, estava esvaziada e a maioria dos que participaram estava perplexos com a falta de transparência e insensibilidade do governo e sua equipe”, criticou a direção do Sintaema.
Participaram da audiência representantes de movimentos sociais e os deputados do PSOL Guilherme Cortez e a Co-deputada Cilene Maciel; o deputado Paulo Fiorillo (PT) e as vereadoras Luana Alves (Psol -SP) e Dandara Gissoni (PSD – Caçapava).
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