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Tarcísio critica Enel, mas quer vender Sabesp mesmo diante do fracasso das privatizações

A atuação da Enel como concessionária do serviço de energia elétrica em parte do estado de São Paulo está em xeque. As chuvas e temporais deixaram à mostra a incapacidade da empresa, adquirida em 2018 pelo grupo privado italiano, de atender a população.

Nesta quinta-feira (17), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu que o contrato da Enel não deve ser renovado mesmo assim insiste na privatização da Sabesp em um cenário de fracasso da privatização de serviços essenciais pelo Brasil e pelo mundo.

“A dupla Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas, que são entusiastas da venda da Sabesp, vem à público reclamar da Enel em um jogo de cinismo. Se o serviço prestado pela empresa privada na área de energia elétrica não deve ser renovado por quê a Sabesp precisa ser privatizada?”, questionou a direção do Sintaema.

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“Não queremos que a Sabesp se torne a nova Enel. A Sabesp é eficiente, lucrativa e bem avaliada pela população que se manifestou em vários momentos se mostrando contra a privatização”, lembrou a direção do Sintaema. O sindicato ainda citou o exemplo da Via Mobilidade, que gere linhas da CPTM e do metrô e a telefonia móvel. “As experiências de privatização têm se mostrado um fracasso”.

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A direção do Sintaema lembrou ainda que após a privatização da CEDAE, em 2021, e agora sob a concessão da Águas do Rio, a empresa se tornou campeã em reclamações no Procon. A Enel também é recordista de reclamações no Procon feitas na cidade e também no Estado de São Paulo. De 2021 a 2023, as queixas contra a Enel quase dobraram: Em 2023 foram 15.248, enquanto em 2021 foram 8.686. Significa um aumento de 75,5%.

“Tarcísio que reclama da Enel quer vender a Sabesp e dar de mão beijada para grupos privados por trinta anos uma empresa como a Sabesp, que é patrimônio do povo paulista. Quer fazer com o serviço de água e esgoto o que fizeram com a energia elétrica. Quem será penalizada será a população”, acrescentou o Sintaema.