Novembro começou com a Sabesp chegando aos 50 anos de existência como uma empresa lucrativa, bem avaliada pela população e com políticas que asseguram as tarifas de contas de água mais baixas do país. Para o Sintaema, os 50 anos da empresa, completados na quarta-feira (1), ficarão marcados pela derrota que os trabalhadores (as) vão impor ao projeto privatista colocado em prática atualmente pelo governador Tarcísio de Freitas.
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“Os trabalhadores vão deixar a sua marca na gestão Tarcísio derrotando o projeto que quer entregar a Sabesp para a iniciativa privada. Nossa luta ganhou força, chegou até a população, às prefeituras, às câmaras municipais. Fomos à Brasília e estamos mobilizados para enfrentar o debate na Alesp”, declarou a direção do Sintaema.
Com uma pressa incomum, o PL 1.501/2023, que autoriza a privatização da Sabesp, entrou em debate na Alesp, no Congresso de Comissões. A reunião sobre o tema deve ser retomada na próxima segunda-feira (13). Na quinta-feira (16) está prevista Audiência Pública com a presença da secretária de governo, Natália Resende.
“A hora de mobilizar é agora. Mostrar para cada deputado a importância que a Sabesp tem para a qualidade dos serviços de saneamento. O papel social estratégico com políticas como subsídio cruzado e as tarifas social e vulnerável. A saúde, a garantia de direitos da população estarão em risco com a privatização da Sabesp”, argumentou o Sintaema.
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A Sabesp opera em 375 municípios do estado e atende cerca de 30 milhões de paulistas. A cada ano a empresa repassa cerca de 450 milhões, em forma de dividendos, aos cofres do Estado. “Tarcísio quer transformar essa empresa que dá lucro em deficitária. O governo do Estado nunca colocou dinheiro na Sabesp. E agora quer entregar a empresa e todo o seu patrimônio, construído pelos trabalhadores (as) pra iniciativa privada lucrar em cima”, ressaltou a direção do Sintaema.
São diversos os documentos produzidos pelo Sintaema em parceria com o Fórum de entidades da Sabesp comprovando que os argumentos do governador não se sustentam. Os dois principais são dizer que a privatização vai reduzir a tarifa e antecipar a universalização dos serviços. “As metas da Sabesp pública já preveem a antecipação da universalização sem a privatização. E quanto à redução da tarifa, a experiência onde o saneamento foi privatizado mostra taxas abusivas, como no Rio de Janeiro, Manaus e Campo Grande”, comparou o Sintaema.
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Em parceria com movimentos sociais, sindicais e partidos políticos, o Sintaema está convocando os trabalhadores (as) e a população para a audiência pública na quinta-feira (16), às 14h na Alesp. “Vamos mostrar a nossa força e dizer não à privatização da Sabesp. Alguns parlamentares da própria base do governador tem dúvidas então essa é a hora de pressionar e mostrar os argumentos que confirmam que privatizar a Sabesp será um crime”, concluiu o Sintaema.
