As privatizações do saneamento no Rio de Janeiro e em Campo Grande mostram que a privatização aumentou a conta de água. A tarifa social no RJ custa R$ 45,32, o que significa 102,4% mais cara que a mesma tarifa praticada em São Paulo, que é de R$ 22,38. Em Campo Grande a tarifa social é de R$ 60,95, ou seja, 172,3% mais cara que a de São Paulo.
“A privatização do saneamento penalizou a população das duas cidades. O governador Tarcísio de Freitas quer fazer a mesma coisa aqui em São Paulo com a Sabesp. O Sintaema tem denunciado que o aumento da tarifa é uma das consequências imediatas da privatização do saneamento”, afirmou a direção do Sintaema.
O aumento das tarifas também foi tema abordado na quarta-feira (11) no Tribunal de Contas do Município de São Paulo. O conselheiro João Antonio apresentou um quadro comparativo destacando a diferença entre a tarifa cobrada em São Paulo e as cidades que têm o saneamento privatizado.
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O conselheiro ironizou declaração do governador Tarcísio de Freitas que prometeu usar o dinheiro da venda da Sabesp para reduzir a tarifa. “Se me permite uma parte é a mesma coisa que vender a casa para pagar o aluguel”, disse João Antonio durante a sessão.
O Sintaema tem disponibilizado no site e nas redes sociais quadros comparativos entre as tarifas cobradas pela Sabesp pública e pelas companhias privatizadas. “Diferente da empresa pública, a empresa privada não tem compromisso com o interesse público e coletivo. Tem compromisso apenas com o lucro e a consequência é o aumento da tarifa e a penalização da população”, completou a direção do Sintaema.
Confira no quadro como a privatização aumentou a conta de água na cidades que têm o saneamento privatizado como RJ e Campo Grande