Trabalhadores (as) da Sabesp, metroviários (as) e ferroviários preparam um grande ato na Alesp no dia 16 de novembro. Na data, haverá uma audiência pública que vai debater o Projeto de Lei de privatização da Sabesp. Para acelerar a tramitação na Casa, o governador Tarcísio de Freitas enviou o projeto em regime de urgência.
“Estaremos na Alesp em grande número de representantes dos trabalhadores (as) e da sociedade para dizer não ao projeto de privatização da companhia. O governador Tarcísio de Freitas não consegue convencer a população para a necessidade de vender a Sabesp. Não há um único motivo que justifique”, afirmou a direção do Sintaema.
Leia também | Sabesp: justiça suspende audiência pública na Alesp
A audiência pública foi marcada a toque de caixa para esta segunda (6) mas foi suspensa pela justiça a pedido da oposição ao governo na Alesp. O motivo é que não haveria tempo hábil para convidar a sociedade civil a participar de uma atividade que poderá acarretar muitos prejuízos à população e ao direito à água e ao saneamento.
Leia também | Por que a Sabesp pública é estratégica para a saúde do povo paulista?
O apagão que aconteceu no final de semana desnudou ainda mais a realidade que cerca as privatizações. A Enel, concessionária responsável pela maioria do serviço de energia do Estado, não conseguiu resolver a falta de energia deixando milhões de pessoas sem acesso à luz.
“A empresa privatizada só visa o lucro. Reduziu o número de funcionários pra cortar custos e na hora que a população mais precisou desligou os serviços de atendimento”, afirmou a direção do Sintaema.
Leia também | Apagão: Descaso da Enel alerta população sobre privatização da Sabesp em São Paulo
Plebiscito
Neste domingo (5) foi encerrado o plebiscito popular contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. Foram dois meses de campanha na rua dialogando e esclarecendo a população sobre os prejuízos que uma privatização pode acarretar para esses serviços essenciais.
“Os trabalhadores foram às ruas dialogar com o público e mostrar que a Sabesp é lucrativa, bem avaliada e que devolve aos cofres públicos um montante de 450 milhões por ano. No dia 16 o governo do Estado não vai ter vida fácil e terá que enfrentar a população e os trabalhadores (as) e explicar os motivos de um projeto acelerado de venda de uma empresa que tem um papel fundamental na saúde e na qualidade de vida do povo”, concluiu o Sintaema.
Audiência Pública na Alesp
Presença de representantes do governo do Estado
Dia 16 de novembro
14h
Local: Plenário Juscelino Kubitschek
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201