Home NÃO À PRIVATIZAÇÃO! Privatização | Campo Grande (MS) registra a tarifa mais cara entre as...

Privatização | Campo Grande (MS) registra a tarifa mais cara entre as 27 capitais do país

O resultado da privatização do saneamento na cidade de Campo Grande (MS) gerou para a população o peso de pagar a tarifa mais cara entre as 27 capitais brasileiras. A denúncia é do Sindágua-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Mato Grosso do Sul) que, em entrevista ao Diário MS News, apontou que a empresa de saneamento Águas Guariroba, controlada pela AEGEA – holding multimilionária – tem arrecada com o aumento abusivo da tarifa de água lucros bilionários.

De acordo com o Sindágua-MS, a empresa já lucrou R$ 1,17 bilhão às custas do sacrifício de seus empregados, da redução de despesas, corte de funcionários, crimes ambientais e tarifas exorbitantes.

Leia também – Efeito da privatização da água | População denuncia aumento abusivo da tarifa no RJ

“A população sofre com reajustes tarifários constantes, dificuldade de acesso para a população mais vulnerável, falta de políticas e de ações ambientais nas bacias hidrográficas de nossos mananciais, falta de investimentos na ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário, etc”, denunciou o Sindicato.

Lucros milionários: entre 2017 a 2022, teve lucro acumulado de 46,25%

Os lucros da empresa Águas Guariroba vêm em crescimento vertiginoso nos últimos seis anos, na mesma proporção em que são reajustadas as suas tarifas com todo aval da AGEREG (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande). “Entre reajustes e revisões tarifárias concedidas pela AGEREG no período de 2017 a 2022, temos acumulado 46,25% – vale lembrar que o INPC deste período foi de 32,13%”, revelou a denúncia do Sindágua-MS.

Leia também –  Após privatização, tarifa de água em Ouro Preto (MG) tem alta de 5.385%

O Sindágua-MS ainda listou o lucro líquido da empresa por ano e indicou que na pandemia ele avançou: “Em 2017 foram R$ 173,1 milhões, em 2018 mais 148,0 milhões, em 2019 outros R$ 157,3 milhões, em 2020 mais R$ 208,67 milhões, em 2021 outros R$ 227,13 milhões e nos primeiros nove meses de 2022 o lucro líquido estava na ordem de R$ 198,2 milhões”.

Sintaema contra a privatização

Para o Sintaema, são exemplos como o da cidade de Campo Grande (MS) que reforçam a jornada de luta contra a privatização do Saneamento e a defesa da Sabesp mais forte e pública. Todas as cidades, estados e países que experimentaram a privatização dos serviços de água de esgoto colheram os mesmos resultados: aumento da tarifa, piora no serviço e descaso com o meio ambiente. Tudo isso para garantir o lucro das empresas empresas privadas.

Diga não à privatização!
Água é vida, não é mercadoria!

Com informações do Sindágua e do DiárioMSNews