Getúlio Airton, que participou de importantes lutas que resultaram em conquistas para os trabalhadores da Sabesp, deixa a mensagem: a melhor forma de organização é por meio do sindicato.
Depois de quase 40 anos trabalhando na Sabesp, o ex-dirigente sindical Getúlio Airton da Silva, 62, aposentou-se em janeiro deste ano, no cargo de oficial eletricista de manutenção. Getúlio entrou na Sabesp em 1978, aos 23 anos e trabalhou na ETA Guaraú e Eta Alto Cotia.
Contestador, Getúlio identificou-se com o sindicato e foi diretor do Sintaema por quatro mandatos (12 anos), tendo atuado em toda a região Norte e regionais do Interior (de Francisco Morato até Mairiporã, Jaguari e Atibaia), além de ter assumido a pasta de formação em um dos mandatos.
“Quando conheci o sindicato me encontrei e me entreguei de corpo e alma”, disse o ex-dirigente. “Entrei em 1987, no 1º mandato de Nivaldo Santana, e lutei junto com os demais diretores para que os trabalhadores tivessem mais direitos”.
Por sua personalidade aguerrida, foi detido algumas vezes por conta das greves, enfrentamentos com a empresa, além de ter influenciado outros trabalhadores que também entraram para o sindicato à época.
Getúlio frisou a importância de a categoria se organizar e se mobilizar para alcançar seus objetivos, haja vista que muitas conquistas que os trabalhadores da Sabesp têm hoje são frutos das lutas passadas do sindicato.
“O vale-refeição comercial (aceito em todos os lugares), a cesta básica em espécie, o adicional de periculosidade nas Eta’s e Ete’s, adicional de insalubridade, a implantação da escala de revezamento como é hoje, Sabesprev, Cecres, hora-extra a 100% e o auxílio-creche são exemplos de conquistas que somente alcançamos devido aos enfrentamentos, às lutas do sindicato”, enfatizou.
Getúlio se despede da categoria com o sentimento de dever cumprido, e já avisa que continuará na luta, porém agora como Aposentado: “já vou me sindicalizar no departamento”.
Mensagem aos trabalhadores mais jovens:
“A CLT está sendo rasgada e é lamentável ver que muitos trabalhadores ainda não sejam sindicalizados, não entendem que muitos direitos existem justamente por causa da luta dos trabalhadores por meio do sindicato.Portanto, a melhor forma de enfrentar esta situação é se organizar na base, e a melhor forma de organização ainda é pelo sindicato. Pensem nisso.”, finalizou.
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