Ocorreu na tarde desta segunda (13), em São Paulo, o primeiro Encontro Nacional de Comunicação dos Urbanitários. A atividade, que teve como tema “Água e Energia não são Mercadorias”, reuniu cerca de 40 dirigentes, representando 9 estados do país, para pensar um projeto de comunicação unificado em torno da defesa da água e da energia como bens públicos e contra a agenda de privatização de governos estaduais como é o caso da ameaça de privatização da Sabesp.
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O evento foi aprovado no dia 27 de janeiro durante reunião do Coletivo Nacional do Saneamento (CNS) – que envolve cerca de 20 estados de todas as regiões do Brasil -, que discutiu os planos de lutas para 2023 em defesa do saneamento público, o combate às privatizações e a construção do Fevereiro Azul no país.
“Uma atividade pioneira no setor e que reuniu secretários de comunicação, especialistas e profissionais de comunicação em torno de uma proposta: um projeto de comunicação que desmonte a narrativa daqueles que defendem a privatização de serviços como água e energia”, afirmou o diretor de Imprensa e Comunicação, Anderson Guahy, ao final do debate
O diretor do Sindicato ainda destacou que o objetivo “será unificar as forças envolvidas para ampliar nossa luta e inserção no debate público, em especial em Brasília, e garantir que a sociedade saiba que será ela que irá pagar a conta – como aconteceu com a Eletrobras – caso o saneamento no Brasil seja privatizado”.
Experiências nos estados
Entre os pontos salientados pelos participantes estão a necessidade de se construir um coletivo que coordene o projeto e elaborar orientações e oficinas para as ações de redes, a listagem de estudos e pesquisas que ajudem na fundamentação da comunicação, a programação das agendas por estado e a inserção no debate público através de pautas que possam reverberar na mídia de referência.
Os dirigentes presentes concordaram que a unidade, nesta etapa, será fundamental para a construção de uma contraofensiva no país em defesa do direito de acessa a água e ao saneamento público e de qualidade. Também foi tema de debate a reestruturação das comunicações, mais conectadas com as transformações tecnológicas e de forma a garantir fôlego na disputa de narrativa e assim ampliar o diálogo, por exemplo, com os ativistas e influencers digitais em uma integração convergente.
Nesta perspectiva, o diretor de Imprensa e Comunicação do Sintaema citou algumas experiências que demonstram que quando há trabalho coletivo e coordenador há avanços. “O Coletivo Conta D’água é um bom exemplo disso. Uma parceria com coletivos de mídia independente como Mídia Ninja, Jornalistas Livres e Barão de Itararé, e com movimentos sociais como MAB e MST, criando pontes que contribuíssem para que a nossa pauta furasse a bolha e atingisse a grande população”, destacou o dirigente.
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