Em audiência de conciliação nesta quarta (14), no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), mediada pela juíza Soraya Galassi Lambert, a direção do Sintaema apresentou seus argumentos para a ação apresentada à Justiça cobrando o pagamento integral do PPR (Programa de Participação dos Resultados) de 2022.
Durante sua fala de abertura, a juíza Soraya Galassi Lambert externou sua impressão sobre os rumos do processo no Tribunal e destacou que a disposição sempre é pelo caminho da negociação e da construção de uma proposta de conciliação que atenda os anseios das partes.
Após ouvir todos os citados no processo, a magistrada indagou a Sabesp sobre se a empresa projetou avaliação de resolução da questão na mesa de negociação. De pronto, a Sabesp respondeu que “a questão não comportava conciliação”.
Ao comentar o relato da empresa, o presidente do Sintaema, José Faggian, rememorou o quadro em torno do processo de avaliação do PPR, alertando que, embora aconteçam apresentações esporádicas de maneira resumida para o Sindicato do processo, a direção do Sintaema não tem acesso ao sistema da Sabesp o que, de saída, prejudica que que a entidade acompanhe todo o processo e possa se posicionar com tempo hábil sobre a questão.
“Não nos resta dúvida de que as metas que não foram cumpridas, se deram por questões externas. Ou seja, questões que não são de responsabilidade do conjunto da categoria afetada mas, pelo contrário, era sim de responsabilidade da empresa”, reiterou o presidente do Sindicato.
Durante sua defesa, o Dr. Ricardo Gebrim, do Departamento Jurídico do Sintaema, listou inúmeros erros durante o processo de conclusão das metas do PPR, entre eles a questão de que os objetivos não cumpridos se deram por culpa de um contrato com uma empresa terceirizada contratada pela Sabesp e referendou na audiência: “fica nítido que fatores exógenos, ainda que praticados por funcionários da Sabesp na condição de gestores, foram os responsáveis pelo não cumprimento das metas”.
Ao final, a juíza Soraya Galassi Lambert apresentou uma proposta intermediária do Tribunal para ser avaliada tanto pela categoria como pela empresa. O TRT propôs ao Sintaema avaliar o pagamento de 10% do PPR devido.
“Nossa luta é pelo pagamento integral, mas entendemos a disposição do TRT em solucionar a questão. Vamos convocar assembleia virtual para 28 de junho, às 18h apresentar a categoria a proposta e avaliar se aprovamos ou não o posto em mesa”, informou o presidente do Sindicato.
O Sintaema segue firme e lembra que só com muita luta e mobilização a categoria poderá avançar em mais essa batalha.
Juntos pelo pagamento do PPR!