A união entre o prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas selada para facilitar a privatização da Sabesp está sendo questionada pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM). Em reunião realizada na quarta-feira (6), conselheiros do órgão querem saber como fica a participação de São Paulo em caso de privatização da Sabesp.
A cidade é responsável por mais de 50% do faturamento da empresa e recentemente assinou a adesão às URAES. O contexto de ingresso da cidade de São Paulo na URAE se dá em novas regras, editadas pelo governador em agosto, e que enfraquecem a autonomia dos municípios, que praticamente abrem mão de administrar o saneamento.
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A reunião dos conselheiros do TCM resultou em um documento com 8 itens em que o prefeito Ricardo Nunes é questionado. As condições de adesão às URAES é um dos pontos do documento. O TCM tem por objetivo analisar a legalidade do contrato entre a prefeitura e o governo do estado e se as condições atendem ao interesse público.
O tribunal também quer esclarecimentos sobre os quase R$ 17 bilhões em investimentos previstos em contrato com a Sabesp. Outro tema se refere à universalização dos serviços de esgoto na capital até o ano que vem. O TCM quer entender quais são as perspectivas de cumprimento da meta de esgotamento em meio ao atual processo de privatização da Sabesp.
O Sintaema tem denunciado a falta de transparência do governo do Estado que lança todas as fichas na privatização da Sabesp. Nesta segunda-feira (11), o sindicato e o Fórum de Entidades da Sabesp encaminharam uma carta aos prefeitos e presidentes de câmaras dos municípios atendidos pela empresa alertando sobre as desvantagens que a privatização da Sabesp trará aos municípios e à população.
Com informações do Painel da Folha de S.Paulo