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Trabalhadores do saneamento protestam em Brasília contra privatização do setor

Nesta quarta(20), trabalhadores do setor de saneamento de todo o país se reúnem em Brasília para um ato contra a privatização dos serviços de água e esgoto. A manifestação, chamada “BNDES, não venda nossa água”, ocorreu em frente ao Ministério da Fazenda, e o objetivo foi pressionar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a retomar o financiamento para empresas públicas do setor.

O protesto contou com a participação de sindicatos, parlamentares e organizações da sociedade civil. Eles criticam a venda de empresas estaduais e municipais de saneamento para a iniciativa privada, que, segundo os organizadores, tem causado aumento nas tarifas, piora na qualidade dos serviços e exclusão de comunidades mais pobres. “O movimento questiona o papel do BNDES, que, nos últimos anos, tem financiado projetos de privatização em vez de investir na modernização e expansão das empresas públicas”, afirmou a direção do Sintaema durante o ato.

As entidades envolvidas, como o Sintaema e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente (Fenatema), alertaram que a falta de investimentos nas estatais pode comprometer a universalização do acesso à água e ao esgoto, prevista na legislação do setor. Para eles, a privatização transforma a água em mercadoria, e não em um direito fundamental, como deveria ser tratada.

O ato acontece na semana em que se celebra o Dia Mundial da Água (22 de março) e faz parte de uma série de mobilizações pelo país para debater a gestão dos recursos hídricos. Além de Brasília, outras cidades também terão protestos paralelos. A programação inclui discursos de sindicalistas, representantes de movimentos sociais e especialistas em saneamento.

O evento contou com o apoio do Sintaema, Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente (Fenatema), Confederação Nacional dos Urbanitários, o Coletivo Nacional de Saneamento e a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Público. A mensagem é clara: água é um direito de todos, e não pode ser tratada como um negócio.