O Sintaema e sindicatos do setor do saneamento de outros Estados realizaram uma live na noite de ontem (1º) para abordar quais serão os próximos passos da luta contra a privatização do saneamento após a aprovação do nefasto PL 4162-19, que altera o marco legal do setor e abre ainda mais as portas para a iniciativa privada.
Participaram da live o presidente do Sintaema, José Faggian, e os companheiros Paulo S. Farias, do Sintsama-RJ, Gherly A. Ranzan, do Sintaema-SC, Rodrigo Picinin, do Saemac-PR e Victor da Silva, do STIU-DF.
Os representantes dos trabalhadores do saneamento mostraram as questões prementes que envolvem a privatização, onde as empresas privadas visam o lucro em detrimento do social, e de que água e saneamento são deveres do Estado pela sua interface com a saúde da população, principalmente das pessoas em situação vulnerável.
A live mostrou a luta de cada sindicato em seu Estado nos últimos anos para impedir que o projeto neoliberal em curso fosse à frente, luta esta que inclusive derrubou as medidas provisórias 844 e 868, porém em Brasília o desmonte foi aprovado.
“Fizemos várias mobilizações com a categoria, protestos, idas a Brasília, tivemos vitória sobre as MP’s, mas sofremos a derrota no Senado”, disse o presidente do Sintaema, José Faggian. “O mundo inteiro está reestatizando o saneamento porque os resultados não são bons, as contas aumentaram e os serviços pioraram, e aqui no Brasil o governo está na contramão desta lógica”, frisou.
Faggian também ressaltou a importância da Sabesp no Estado: “o saneamento é lucrativo, e a Sabesp é a jóia da coroa, no último ano o lucro da empresa foi de R$ 3,8 bilhões”, finalizou.
Houve unanimidade em todas as colocações, inclusive no objetivo de unir forças por meio de uma frente ampla formada por sindicatos, federações, centrais sindicais, movimentos sociais, parlamentares e por todos que defendem a água como um bem público para combater a privatização do saneamento.
Em síntese, concluiu-se que a unidade é essencial neste momento, lutar, fazer gestões junto a prefeitos e vereadores nos municípios, conversar com a população e ingressar com ações, como uma Adin, por exemplo, que impeçam o avanço do desmonte no setor.
Vale lembrar que o projeto aprovado no Senado tem o prazo até o dia 15 de julho para ter a sanção presidencial e pode ou não sofrer vetos.
Se você perdeu a live ainda pode assisti-la na página do sindicato no facebook.
Água é vida, não mercadoria! A luta continua, não à privatização!