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Contra a privatização da Corsan e da DMAE, trabalhadores (as) vão às ruas de POA

Nesta quinta (8), a partir das 10h, no Largo Glênio Peres, o Sindiágua-RS e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizam grande contra a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) como instituições públicas.

“Água não é mercadoria e não pode ser posta à venda como um objeto precificado. Nela tem vida e saúde e deve ser mantida pública. É o maior bem do planeta. Privada, será acessível a quem puder pagar. A tarifa social, que hoje possibilita o acesso a milhares de famílias pobres, acaba com a privatização”, afirmou presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, ao convocar toda a população a somar forças na defesa do saneamento público.

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Além do leilão de venda da Corsan que está agendado para o próximo dia 20 de dezembro, o prefeito bolsonarista de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), assinou no dia 30de novembro a criação de um grupo de trabalho para definir o modelo de privatização do Dmae.

Privatização só gera péssimo serviço e tarifas altas

Não faltam exemplos mundo afora que comprovam a ineficiência ou a incompetência privada em atender às necessidades da população, e mostram que o Brasil está na contramão do que vem acontecendo em vários países.

Um estudo realizado pelo Instituto Transnacional (TNI), sediado na Holanda, identificou que, entre 2000 e 2017, 884 municípios de países em todos os continentes reestatizaram seus serviços, sendo 287 em saneamento, destacando-se cidades como Paris, Berlim, Buenos Aires, Jacarta e Atlanta. Na maioria dos casos, a reestatização foi adotada devido às falsas promessas dos operadores privados, a aumentos abusivos de tarifas, aos lucros exorbitantes, ao descumprimento de contratos e metas de investimentos, e à deficiência de controle e fiscalização.

Na Grâ-Bretanha, a imprensa de referência tem denunciado os escândalos da privatização na Inglaterra e no País de Gales. No The Guardian, Jonathan Portes, professor de Economia e Políticas Públicas no King’s College London e que trabalhou na privatização do saneamento da Inglaterra em 1989, declarou que aquele processo foi um roubo organizado. Para ele, os contribuintes perderam e os consumidores têm sido espoliados desde então, demonstrando que este regime está falido e perdeu sua validade há muito tempo.

Os exemplos acima só comprovam que a privatização só gerou o aumento da tarifa, ampliou a desigualdade e a exclusão social. Por isso a bancada do PT tem trabalhado para interromper este processo no Estado. Ou seja, quem vai pagar o preço é a população.