A informação foi publicada no portal da Revista Piauí, nesta segunda (20), e traz relatos da população sobre o que ocorre no Rio de Janeiro após a privatização do saneamento. Entre as denúncias estão a precarização do serviço e o aumento abusivo da conta de água.
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De acordo com a reportagem, um prédio na Glória, bairro da Zona Central do Rio de Janeiro, que pagava, em média, 120 reais por apartamento, passou a receber a partir de abril de 2023, uma conta de 50 mil reais para um edifício de 53 apartamentos, isso equivalia a quase mil reais por condômino.
“Uma conta sem pé nem cabeça, considerando, além de tudo, que não são apartamentos grandes, a maioria deles com 65 m² de área”, denunciou um dos moradores do prédio.
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Segundo ele, com o tempo isso só piorou. “Nos meses seguintes, os boletos seguiram na mesma ordem de grandeza: às vezes somavam 50 mil reais, em outras 58 mil”, frisou.
Vale destacar que as todas as concessionárias de águas no Rio de Janeiro têm recebido um número crescente de reclamações. Entre janeiro e março deste ano, a Águas do Rio, a Iguá e a Rio+Saneamento – as três empresas que compraram a concessão de parte dos serviços que eram da Cedae – foram alvo de 612 queixas no Procon, o equivalente a metade de todas as reclamações em 2023 inteiro.
Campeã de reclamações
A Águas do Rio, que administra o serviço de água e esgoto nas zonas Central, Sul e Norte da capital, e em outras cidades do estado, é a campeã em reclamações. Entre os problemas apontados pela população estão o aumento abusivo da tarifa, serviços não prestados e interrupção do fornecimento de água.
E mais, em 2023, a Águas do Rio também levantou o troféu de empresa com maior número de processos na Justiça do Rio de Janeiro: 29 mil casos, ao todo. Ela só não superou as distribuidoras de energia Light e Enel (antiga Ampla), que também acumulam diversas reclamações pelo péssimo serviço que prestam.
Diga não à privatização!
Com informações da Revista Piauí