A coluna Painel, da Folha de São Paulo, publicada nesta quarta (26), traz levantamento da Public Services no qual mostra que as reestatizações que mais aconteceram no mundo foram no setor de fornecimento de água e coleta e tratamento de água e esgoto.
De acordo com os dados, 226 empresas que foram privatizadas pelo mundo voltaram a ser públicas por motivos como: quebra de cláusulas contratuais, piora no serviço, explosão das tarifas, entre outros.
E não para por aí. Além das empresas de saneamento, também estão sendo reestatizadas empresas dos setores de energia elétrica (167), fibra ótica (126), gás (64), fornecimento de água potável (80) e coleta de resíduos (60) completam o ranking.
A Public Services, que é uma iniciativa criada a partir de uma parceria do Transnational Institute (TNI), sediado em Amsterdam (Holanda), também aponta que nos últimos 20 anos já foram mapeados 1.408 casos de reestatizações, em 2.400 regiões, de 58 países.
Ameaça de privatização da Sabesp
Com o projeto de Tarcísio de Freitas de privatizar a Sabesp, São Paulo pode ir na contramão do mundo. Visto que o estudo da Public Services mostra que as reestatizações foram feitas para garantir a voltar do bom atendimento à população, que viu o serviço piorar após a privatização.
Fundada em 1973, a Sabesp atende 375 municípios e conta com cerca de 13 mil trabalhadores e trabalhadoras, que garantem o abastecimento de água para a 31 milhões pessoas e a coleta de esgoto 27,7 milhões de paulistanos e paulistanas.
Vale lembrar que o único candidato ao governo de São Paulo que se comprometeu em não desmantelar a empresa foi Fernando Haddad, que tem atuado para alertar a população de que a proposta de Tarcísio resultaria na destruição de uma empresa lucrativa e no aumento das tarifas.
Com informações da Folha de São Paulo