O trator do governo Bolsonaro continua passando por cima dos direitos consagrados dos trabalhadores e aposentados brasileiros.
O ministro da economia, Paulo Guedes, anunciou na tarde de ontem (5) três propostas de emenda à Constituição – PEC, e uma delas prevê a redução de até 25% da jornada de trabalho e de salários dos servidores públicos quando em situação de emergência fiscal. A medida afetaria servidores da União, Estados e municípios.
“Servidor público filiado a partido não terá estabilidade”, declarou o ministro quando anunciava o pacote de maldades.
O ministro disse que servidor público que for filiado a algum partido é militante e que, portanto, não terá estabilidade. “Não vou dar estabilidade para militante”.
E mais: a extinção de municípios, e redução de despesas sociais como benefícios, saúde e educação, justamente num país já marcado com tantas desigualdades, também estão no pacote.
“A garantia de reajustes dos benefícios previdenciários e BPC pela inflação parece significar que o atrelamento de seu piso ao valor do salário mínimo poderia estar com seus dias contados, caso a correção deste último seja superior à inflação em algum momento”, disse o economista e professor da FGV, Dr. Nelson Marconi, em matéria para o jornal Folha de São Paulo de hoje (6).
Fim do FAT para pagar dívida
Para enviar R$220 bilhões para pagamento da dívida pública o governo quer extinguir 248 fundos públicos, entre eles o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, que envia recursos para o pagamento do seguro-desemprego e o abono salarial.
O pacote foi enviado ao Congresso e a classe trabalhadora e os aposentados estão diante de mais uma grande batalha contra o ataque aos direitos consagrados.
Mais do que nunca, precisamos estar todos juntos nesta luta!