“Em 2022 lutamos e alcançamos vitórias, em 2023 não será diferente”, afirmou o presidente do Sintaema, José Faggian, durante mesa no último Encontro de Delegados e Delegadas do Sintaema que ocorreu na sede do Sindicato, nesta quarta (14).
Presente na mesa, a vice-presidenta Helena Maria da Silva, fez balanço das lutas do ano, parabenizou toda a categoria pela participação na construção do Sindicato e pela luta intransigente em defesa do saneamento e da água públicos.
“2023 será um ano de desafios e de muita luta e o Sintaema estará pronto, seja por seus 47 anos de história e luta, seja por seu entendimento de qual o seu papel como agente da luta por direito e de transformação da sociedade”, afirmou Helena.
Conjuntura nacional e internacional
Ao analisar a conjuntura nacional e internacional, o presidente da CTB São Paulo, Rene Vicente, destacou a luta política na América Latina e o avanço das forças progressistas, mas ainda sim computamos derrotas e destacou o avanço do número de candidatos e candidatas da extrema direita.
“Vejam a situação da Argentina. Lá está sendo aplicado o mesmo modus operandi que foi aplicado aqui e que desembocou na prisão de Lula, ao citar a situação da ex-presidente Cristina Kirchner”, apontou Rene.
Segundo ele, “o raio x da política deixa claro os desafios que teremos nos próximos quatro anos. Eleger Lula foi muito simbólico e uma importante vitória, mas com a nova composição do Congresso Nacional deixa claro o que vem por aí e vai exigir de nós muita resistência e mobilização para reverter a agenda regressiva de Jair Bolsonaro e iniciar um processo de reconstrução de direitos”.
Rene também lembrou da atual situação da população no país e destacou o peso da inflação, o avanço brutal da precarização do trabalho, a explosão da informalidade e o avanço da miséria do nosso povo. Essa é a herança de Jair Bolsonaro e no próximo período nossa organização e resistência serão fundamentais para combater essa realidade.
Protagonismo do Sintaema
Durante o Encontro José Faggian fez balanço da luta do Sindicato e dos desafios que a categoria enfrentou em 2022 e os que terão em 2023. “Desde os primeiros dias do ano o Sintaema atuou firme para garantir a manutenção dos direitos e avançar nas conquistas. Fechamos bons acordos coletivos e avançamos em pontos importantes em todas as categorias que representamos”, avaliou.
Ao comentar as eleições sindicais que elegeu nova diretoria, Faggian destacou: “Mais uma vez o Sintaema demonstrou maturidade política e compromisso com a luta da classe trabalhadora ao construir a unidade durante o processo de eleição do Sindicato”. Para ele, essa unidade foi um fator central para fortalecer a participação do Sintaema na luta para derrotar a extrema direita e o fascismo e eleger Lula presidente.
Ele também refletiu sobre o que significa a vitória de Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo e destacou que serão quatro anos de muita luta em São Paulo. “Ainda que observemos um avanço das forças progressistas na Alesp a correlação de forças não será fácil. Tarcísio tem como centro uma agenda ultra neoliberal de privatizações nesta privatização geral está na mira Sabesp, CETESB e Fundação Florestal”, destacou o presidente.
Faggian ainda apresentou a agenda do início do ano, com a participação no Fórum Social em Porto Alegre e atos em São Paulo em defesa da Sabesp, CETESB e Fundação Florestal. Além da luta no estado, Faggian também frisou que será importante a atuação em Brasília para mudar pontos no marco do saneamento, entre eles, a volta da figura do contrato de programa.
A direção do Sintaema deseja um bom final de ano para todos os delegados e delegadas e convoca a todos e todas a estarem prontos para a luta em 2023.