O SINTAEMA/SP esteve presente na audiência pública no dia 24 de fevereiro, na Câmara Municipal de São Paulo, sobre o PL 529/14, que dispõe sobre o pagamento de uma multa no valor de R$ 1.000,00 para quem lavar calçadas ou veículos com água tratada da Sabesp.
Diversos pontos foram levantados pelos presentes, desde quem seria o verdadeiro culpado pela atual crise hídrica que passamos, quais ações deveriam ter sido tomadas para evitar esta situação, até o alarde criado em meio à população quando foi citado em alguns veículos de mídia a possibilidade de um racionamento 2/5 (dois dias com água, cinco sem), fato este que criou uma enorme correria por parte da população para a compra de caixas d’água, sendo que na maioria dos casos, como ocorre na periferia, o armazenamento de água é feito em garrafas, latões e outros recipientes impróprios, que pode inclusive gerar novos focos de dengue pela cidade, ou seja, uma atitude simples, que pode amenizar um problema, mas que por outro lado, pode ter graves consequências à saúde pública.
Já em seu depoimento, o presidente do SINTAEMA/SP Rene Vicente ressaltou a importância dos trabalhadores da Sabesp, que têm sido o coração da empresa, fundamentais para que as consequências desta crise hídrica não afetem a população de forma ainda mais grave e imediata, sendo também essenciais para superar esta situação. O SINTAEMA/SP também questionou os enormes gastos da Sabesp com propaganda, e a falta do devido investimento na raiz do problema, ou seja, na manutenção e troca de tubulações das redes de distribuição. Propôs também a criação de um Programa de Educação Ambiental, que alcance desde as escolas e os bairros, até os grandes meios de comunicação, visando dialogar, incentivar e conscientizar a população da real situação dos reservatórios de água e nascentes em nosso estado, e de como preservá-los para evitar a repetição desta crise no futuro.
“O PL é válido, mas a multa penaliza muito a população. Parece fácil multar em R$ 1.000,00 a dona de casa que lava sua calçada, mas e os grandes consumidores, como as indústrias e shopping centers? serão punidos? E o desperdício de água da própria Sabesp? terá punição?” – Estes foram alguns dos questionamentos do presidente Rene.