O Sintaema, o Sintsama e a CTB Nacional estão preparando uma importante atividade sobre saneamento público e os efeitos da privatização, em Belém, na COP 30. A ideia é ocupar a agenda com a denúncia do desmonte do setor, que avança de forma violenta graças a governos privatistas e que têm compromisso com o sistema financeiro internacional.
A privatização do saneamento será denunciada como uma das faces mais cruéis do ataque aos direitos sociais, pois transforma um serviço essencial em mercadoria e aprofunda desigualdades históricas.
“Nossa ideia e reafirmar a água como bem universal e direito humano inalienável, que precisa ser garantido pelo Estado com qualidade e acesso para todos e todas”, destaca a direção do Sintaema.
Outro eixo fundamental levantado pela agenda será o debate sobre a financeirização da natureza e sua investida contra o meio ambiente. Cada vez mais, grandes grupos econômicos buscam transformar a água, as florestas e até o ar em ativos financeiros, reforçando uma lógica de exploração que coloca o lucro acima da vida.
A crise climática, por sua vez, é a expressão mais dramática dessa lógica. Os eventos extremos, a degradação ambiental e as populações mais vulneráveis sofrendo as consequências revelam que não há saída dentro do modelo atual.
“Nossa pauta aponta para a luta por um outro modelo de sociedade, baseado em desenvolvimento social sustentável, que promova justiça ambiental, valorize o trabalho e enfrente todas as formas de desigualdade”, defende a direção do Sindocato.
A COP 30 será um espaço decisivo para disputar sentidos e projetos. O saneamento, a água e o meio ambiente devem estar no centro do debate, e o Sintaema estará presente para afirmar que não haverá justiça climática sem justiça social.
