Para discutir o momento de crise sanitária e dar encaminhamentos na luta contra a privatização do saneamento no atual contexto, o Sintaema, Fenatema, FNU, APU e representantes de sindicatos de vários Estados realizaram ontem (7) uma reunião virtual do Coletivo Nacional do Saneamento, do qual fazem parte.
Foi destacada na pauta a perplexidade que as empresas, especialistas e representantes dos trabalhadores que atuam no setor de saneamento ficaram sobre a retirada da captação, tratamento e distribuição de água e esgoto da lista de atividades essenciais que devem continuar em operação no período de quarentena devido ao coronavírus, por meio do Decreto nº 10.329/2020.
Ao agir assim o governo simplesmente ignora a fundamental importância do saneamento no combate ao coronavírus e na saúde em geral da população.
Outra medida que foi tema da pauta e causou indignação a todos tratou do congelamento de salários dos trabalhadores do funcionalismo público por meio do PLP 39/2020. Lembrando que a limpeza urbana, saúde, assistência social, segurança pública, militares das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais e agentes sócio-educativos não estão na lista.
E por fim, a tentativa de entrega do saneamento ao setor privado por meio do PL 4162/19 que, mesmo com a pandemia da COVID-19, continua em trâmite no Senado. A luta contra essa abertura escancarada da iniciativa privada no setor continua, e a Coletivo está na batalha contra esse retrocesso.
Diante dessa demanda, o Coletivo se organizará para a elaboração de seminário do saneamento focado nas consequências prejudiciais à sociedade quanto à abertura do capital privado onde estiverem operando no setor.
Juntos na luta contra o coronavírus e em defesa do saneamento público!