O Sintaema, como defensor do meio ambiente de São Paulo, indigna-se com o fato de a Câmara Ambiental de Mudanças Climáticas, instalada pela CETESB em março deste ano com o objetivo de receber dados sobre Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e dar apoio técnico às companhias ter escolhido para presidir o órgão a União da Indústria de Cana-de-açúcar- Única, uma das 88 entidades que assinaram o manifesto “No meio ambiente, a burocracia também devasta”, publicado em jornais de grande circulação no final de maio.
O manifesto, que também é assinado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pela Sociedade Rural Brasileira (SRB) e pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), intenta dizer à sociedade que é preciso desburocratizar leis ambientais para trazer benefícios ao meio ambiente e à sustentabilidade. Vale ressaltar que entre esses “benefícios” está a regularização fundiária.
Entre outros, o manifesto “condena a agenda burocrática que utiliza a bandeira ambiental como instrumento ideológico e irrazoável de atividades economias cumpridoras das leis e essenciais ao desenvolvimento do país”. Argumento absurdo! Nosso meio ambiente já sofre demais. Irrazoável é a devastação que assistimos nas florestas e reservas ambientais.
A videoconferência que definiu os componentes da Câmara foi feita no dia 3 de junho com representantes de empresas e representantes da CETESB, inclusive da presidente da Cia, Patrícia Iglecias.
O Sintaema é contra o manifesto e toda e qualquer forma de abrandamento de leis que protegem nossas florestas, biomas, reservas, áreas de proteção ambiental, enfim, é defensor inconteste do meio ambiente e de seus trabalhadores.