Caos, apagões, falta de atendimento à população e tarifas caras. A lista de problemas e retrocessos no setor de abastecimento de energia só comprova que a privatização piora a vida da população.
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E para completar essa lista de problemas, a Enel, que tem a concessão dos serviços de energia até 2028, sequer tem pagado as multas impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelos prejuízos causados à população de São Paulo.
“Nossa luta, junto com os urbanitários, e garantir que a Enel perca a concessão do fornecimento de energia elétrica. Os sucessivos apagões, entre muitos outros problemas, são mais que motivos para que isso ocorra”, avalia a direção do Sintaema.
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Nesta segunda-feira (1°), o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a empresa não pagou nenhuma das multas aplicadas, que somam cerca de R$ 300 milhões, e por conta disso e dos apagões, determinou a abertura de um processo disciplinar contra a empresa.
“Estamos tomando uma medida extremamente rigorosa e singular. É a primeira vez que o ministério, como formulador de políticas públicas do sistema elétrico brasileiro, toma uma medida com esse nível de rigor”, afirmou o ministro em entrevista à GloboNews.
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Mundo reestatiza, São Paulo privatiza
A Enel é responsável pela distribuição de energia em 29 países. E o Brasil, junto com o Chile, são os seus principais mercados na América Latina.
“A privatização do setor energético aqui no Brasil caminha em sentido contrário ao de outros países. Alemanha, França, entre outros, estão reestatizando suas companhias de energia, de saneamento e outras, justamente pela piora no serviço, crimes ambientais e tarifas abusivas. Além disso, ficou claro para esses países que a energia é um item estratégico para a segurança nacional”, avalia o Sintaema.
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O Sindicato está junto com os urbanitários pela reestatização da Eletrobras e luta, diuturnamente, contra a privatizaçao do saneamento em São Paulo e no Brasil.
Privatização, não!
*Com informações das agências